Coimbra

Atelier na Baixa de Coimbra acusado de ruído diz que não é um “espaço de vândalos” (com vídeos)

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 07-06-2022

O Atelier A Fábrica, na Baixa de Coimbra, foi acusado por uma moradora que se deslocou à reunião da Câmara Municipal, esta segunda-feira, de estar a causar ruído que lhe perturba o descanso. Élia Ramalho, responsável do espaço, garante ter consciência que há alterações a fazer para minimizar o impacto do som, mas assegura que a intenção é ter a melhor relação com os vizinhos e valorizar a Baixa. 

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Em entrevista ao Notícias de Coimbra, Élia Ramalho revelou que ficou perturbada com o que foi dito na reunião do executivo, adiantando que algumas das acusações não correspondem à verdade. “Houve coisas que foram ditas que não são verdade e o sentimento de injustiça é pesado”, afirmou, dizendo que “o edifício foi restaurado, tem vidros duplos e o teto está feito de forma a permitir alguma insonorização”. 

“Não estamos de todo alienados sobre os problemas, estamos a fazer tudo”, afirmou a responsável, explicando que depois de uma das fiscalizações ficou a saber que tem de fazer algumas alterações ao espaço para ter alvará, nomeadamente a criação de “uma antecâmara na porta de acesso e um medidor de som ligado às colunas”. Para fazer esses investimentos, adianta, “é preciso ter a casa a funcionar” porque muito do que se faz na Fábrica “resulta de voluntariado”. Definindo-se como agente cultural em Coimbra há 20 anos, a também atriz adianta que “tudo está a ser tratado” mas “é preciso tempo”.

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“Vai-se ouvir sempre uma guitarra, uma bateria, alguém a cantar, o ruído é este”, frisa, garantindo: “isto não e uma discoteca, nunca vai ficar aberto até de manhã”. A Fábrica, sublinha, “não é um espaço de vândalos, muito pelo contrário, é um espaço ligado às artes e à criatividade. O objetivo do espaço nunca foi vir para aqui fazer ruído e barulho. O propósito da associação não é viver das noites e da música, ações sociais e de educação”.

Em relação ao que foi dito na reunião de Câmara, Élia Ramalho faz questão de destacar que houve um mal entendido no que respeita à venda de bebidas fora da porta o que, assegura, “nunca aconteceu” e “será esclarecido a seu tempo”.

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Élia Ramalho diz que outras pessoas já a abordaram por causa do barulho e há até quem tenha o seu número e lhe ligue quando o ruído está mais alto. Era essa proximidade que esperava da queixosa que se dirigiu à reunião de Câmara. “O que queremos é ter a melhor relação com os vizinhos, com as pessoas que habitam na Baixa e obviamente com o Município”, conclui. 

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Veja a entrevista NDC com Élia Ramalho: 

 

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