Ouvir música muito alto pode causar danos na sua saúde e o tipo de auscultadores e o tempo que passa a usá-los também contribuem para os estragos.
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A utilização destes equipamentos leva a que muitas pessoas passem horas por dia com headphones colocados e é um perigo. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2050, cerca de 2,5 mil milhões de pessoas vão sofrer de algum tipo de dificuldades auditivas e 700 milhões irão precisar de reabilitação. Muitos desses problemas estarão ligados à falta de higiene ou más condições de vida, mas é principalmente no mau uso que reside a maior ameaça à saúde auditiva.
“A vibração e a ressonância provocada pelos sons que entram permitem-nos compreender a linguagem, os diferentes ruídos ambientes ou a música. Um ruído demasiado elevado, mas também determinadas frequências sonoras causa vibração excessiva que pode provocar danos imediatos ou a longo prazo, com recuperação difícil ou mesmo irreparáveis”, alerta a CUF.
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A maioria dos equipamentos “emite um volume que chega a 120 decibéis, muito acima de uma exposição recomendada dos ouvidos, que se situa em 85 decibéis. Acima deste valor, as vibrações da cóclea provocam até alterações físicas, que podem levar a uma perda de sensibilidade ao som. Normalmente, uma noite de sono repõe o equilíbrio no ouvido interno, após um concerto ou uma ida à discoteca. Já para um abuso regular, as consequências podem ser lentas”, explica.
Além do volume, o tempo de exposição também influencia. “Uma regra promovida para controlar o uso de headphones é “60/60”. Não ultrapassar um volume de 60% ao usar auscultadores e durante apenas 60 minutos nesse nível. A utilização com volume máximo apenas é tolerável durante cinco minutos”, refere a CUF.
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A perda de audição é normalmente lenta e gradual. Por isso, é importante estar atento aos sinais de alerta e consultar o seu médico em caso de: “Ouvir sons pouco nítidos ou abafados, não conseguir perceber os outros em ambientes ruidosos, dificuldade em ouvir sons de alta frequência, sentir um zumbido, assobio ou silvo no ouvido, ter sensibilidade excessiva a determinados sons, necessitar de usar o volume da televisão ou rádio sucessivamente mais elevado e sentir os ouvidos entupidos”, descreve.
Outros sintomas, indiretamente ligados à audição, podem indicar a presença de uma infeção nos ouvidos. Sintomas como “dores de ouvidos recorrentes, saída de líquido pelas orelhas e uma dificuldade mais repentina ou prolongada em ouvir são sinais a ter em atenção”, conclui.
Utilizar auscultadores menos tempo todos os dias é uma das soluções para prevenir dificuldades auditivas. Assim, pode adotar estes comportamentos, nomeadamente: “Reduzir o volume para níveis abaixo do limite recomendado, usar headphones que cobrem a totalidade da orelha, preferir equipamentos que tenham cancelamento de ruído e usar auscultadores menos tempo ou fazer intervalos longos”.
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