Coimbra
Associação São Lourenço festeja Dia de Portugal com a valorização das raízes na Serra da Lousã (com vídeos)
A jovem São Lourenço – Associação de Naturais e Amigos da Silveira de Cima, Silveira de Baixo, Salgueiro e Pé da Lomba, celebrou o Dia de Portugal, na Serra da Lousã, em forma de homenagem aos “amigos que já partiram” e também em forma de melodia com uma verdadeira “festa de concertinas” para celebrar tradições populares tão vincadas na memória coletiva dos que nasceram e cresceram naquela ou noutras aldeias-
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Casimiro Simões, presidente da Associação, relembra que a primeiro foi criada uma comissão, há cerca de uma década, e que só em Abril de 2021 “este desejo já muito antigo” se converteu na São Lourenço.
Este ilustre lousanense disse ainda que durante anos a festa foi uma forma de “manter a chama viva das Silveiras e da Serra da Lousã em geral. Era um tempo em que vinham muitos, eram vivos felizmente, muitos emigrantes que estavam no Brasil, nos Estados Unidos e etc., e chegávamos a fazer aqui bailes com 200 pessoas”.
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Um dos principais objetivos da associação para além de criar pontes que potenciem o convívio geracional é também “preservar o património imaterial e material e esta capela é um exemplo dessa persistência. Queremos que as pessoas que são daqui tenham acesso ao seu património e esta é antes de mais uma associação cultural.”, reforça Casimiro Simões.
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O programa “Diásporas Mil da Serra da Lousã” arrancou com uma caminhada pela paisagem natural e passado histórico das Silveiras, guiada pelo ex-guarda florestal Augusto Simões, a que se seguiu um piquenique.
A cultura esteve em destaque nesta comemoração, com a leitura de diversos poemas na sequência da pré-apresentação do 4º Festival Literário Internacional do Interior (FLII) – Palavras de Fogo, “que vai passar por sete concelhos da região centro” entre 17 a 20 de junho, como explicou a coordenadora do festival, Ana Filomena Amaral.
O festival que surgiu “como forma de homenagem às vítimas dos incêndios de 2017” e sob o lema “A arte e a cultura como reanimadores de uma região e de um povo” é um projeto da cooperativa lousanense Arte-Via e este ano é dedicado “a Manuel Alegre pelos 50 anos da sua obra Um barco para Ítaca, Maria Teresa Horta pelos 50 anos da obra Minha Senhora de Mim e Carlos de Oliveira, obviamente, pela celebração do seu centenário, acrescentou a escritora.
Ao longo do dia 10 de junho houve espaço para tudo um pouco, desde uma benção, a farra, a jogos, cultura e também partilha. O evento contou com uma missa campal pelo padre Orlando Martins, e também com vários momentos de homenagem a pessoas fortemente ligadas a estas povoações serranas.
Já a festa ficou a cargo do Grupo Etnográfico da Região da Lousã e de outros tocadores de concertina da Serra da Lousã que foram animando os presentes com a característica boa disposição, como pode observar no vídeo:
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