Coimbra

Associação de Beneficiários da Obra Hidroagrícola do Baixo Mondego apelou hoje aos produtores da zona para retirarem bens e equipamentos dos campos

Notícias de Coimbra | 4 anos atrás em 20-12-2019

A Associação de Beneficiários da Obra Hidroagrícola do Baixo Mondego apelou hoje aos produtores da zona para retirarem bens e equipamentos dos campos, face à previsão de um agravamento das condições meteorológicas nos próximos dias.

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“Apela-se a todos que retirem dos campos os seus pertences, bens, máquinas e equipamentos e que tomem as adequadas medidas de proteção individual. Está-se na presença de um quadro de cheia”, alertou hoje a associação, na sua página da rede social Facebook, num comunicado dirigido aos beneficiários do Aproveitamento Hidroagrícola do Baixo Mondego.

Face à forte precipitação prevista para os próximos dois a três dias, a associação espera que as condições no Baixo Mondego (zona propícia a cheias) “venham a agravar-se”, disse à agência Lusa o diretor técnico da entidade, António Russo.

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De acordo com o responsável, já se registam “caudais significativos no açude-ponte de Coimbra”, sendo que os sistemas de defesa periféricos do vale do Baixo Mondego estão a funcionar, com os diques a proteger a entrada dos caudais nos campos.

“No entanto, prevê-se que a intensidade de precipitação se mantenha ou aumente e temos de nos acautelar, daí pedirmos às pessoas para retirarem os seus bens dos campos e se protegerem”, explicou.

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Várias estradas secundárias foram cortadas no distrito de Coimbra devido ao mau tempo, registando-se também várias quedas de árvores e algumas inundações, mas sem registo de feridos ou desalojados.

Ao início da tarde, devido à constante subida do nível da água, o troço da Linha do Norte (comboios) entre Alfarelos e Ameal foi condicionado, com uma limitação de velocidade nas duas vias para os 10 quilómetros/hora (km/h).

A passagem da depressão Elsa, em deslocação de norte para sul, provocou em Portugal dois mortos, um desaparecido e deixou perto de 80 pessoas desalojadas, registando-se entre quarta-feira e as 12:00 de hoje cerca de 7.000 ocorrências, na sua maioria inundações e quedas de árvore.

Num balanço feito ao início da tarde, a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) referiu que os distritos mais afetados são Porto, Viseu, Aveiro, Coimbra, Braga e Lisboa.

Segundo a Proteção Civil, até às 20:00 deverá verificar-se um agravamento do estado do tempo, sendo depois expectável que a situação comece a estabilizar.

O mau tempo provocou também danos na rede elétrica, afetando a distribuição de energia a milhares de pessoas, em especial na região Centro.

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) tem hoje sob aviso laranja (o segundo mais grave) 12 distritos de Portugal continental e a costa norte da Madeira devido sobretudo à agitação marítima. Leiria, Santarém e Portalegre estão sob aviso laranja também devido às previsões de precipitação forte durante a tarde.

O IPMA alertou para os efeitos de uma nova depressão, denominada Fabien, que atingirá Portugal no sábado, em especial o Norte e o Centro, estando previstos intensos períodos de chuva e vento forte de sudoeste, com rajadas que podem atingir 90 km/hora no litoral norte e centro e 120 km/hora nas terras altas.

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