Associação Académica de Coimbra solidária com repúblicas em risco de venda

Notícias de Coimbra | 6 anos atrás em 27-02-2018

 A Associação Académica de Coimbra (AAC) está “completamente solidária” com a situação das repúblicas, que estão em risco de serem vendidas, defendendo uma ação da autarquia para proteger estas casas de estudantes.

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“Estamos a acompanhar a situação. A direção-geral [da AAC] está completamente solidária e do lado das repúblicas em causa”, afirmou hoje o presidente da associação, Alexandre Amado, que falava após uma reunião com o PSD, partido que alertou na segunda-feira para a possibilidade de venda das repúblicas dos Fantasmas e Rapó-Taxo.

Segundo Alexandre Amado, a AAC vai pedir uma reunião junto da autarquia e vai “exercer pressão pública para que a situação se resolva”.

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“Todas as repúblicas são reconhecidas enquanto tal pela Associação Académica de Coimbra e são parte do património da academia e estamos aqui para ajudar a defendê-las”, sublinhou o dirigente estudantil.

Questionado sobre o facto de o município não ter avançado logo com o reconhecimento das repúblicas após a promulgação da lei, em junho, que permitia a sua proteção, o líder da AAC referiu que gostava “que esta situação não se desse”.

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“Cabe ao executivo explicar o porquê de ainda não estar resolvido. Gostávamos que já estivesse e esperamos que agora esteja resolvido o quanto antes, a tempo de preservar as repúblicas, para que estas não saiam das mãos dos estudantes”, disse.

Na segunda-feira, o PSD afirmou que havia pelo menos três casos de repúblicas em risco de venda, sendo os mais prementes o das repúblicas dos Fantasmas e Rapó-Taxo, que já receberam carta para exercerem o direito de preferência face a uma proposta de compra do imóvel.

Na altura, a concelhia do PSD criticou a autarquia por não ter iniciado o processo de reconhecimento do interesse cultural das repúblicas, por forma a proteger estas casas de estudantes associadas à tradição académica de Coimbra.

O presidente da concelhia, Nuno Freitas, recordou que o município deveria ter avançado com a classificação dos imóveis, na sequência do regime de reconhecimento e proteção de estabelecimentos e entidades de interesse histórico e cultural ou social local, lei publicada em 2017.

Numa nota, o município sublinhou que o Conselho das Repúblicas foi recebido pela autarquia na sexta-feira e que está “a acompanhar estes processos com preocupação e proximidade”.

A Câmara Municipal, frisou, “tudo fará para, dentro do enquadramento legal em vigor, proteger estas entidades de interesse histórico, cultural e social da cidade de Coimbra”.

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