Assessores dos candidatos aparecem na televisão!
Uma dezena de pessoas acompanharam os candidatos à presidência da Câmara Municipal de Coimbra durante a gravação do especial autárquicas 2017 – Coimbra na RTP3.
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O encontro nortenho fica marcado pela entrada em cena dos “consultores profissionais” de 2 das 6 candidaturas presentes no debate que é emitido hoje na RTP3 à hora em que a RTP1 transmite o Portugal – Ilhas Faroé. Vamos por partes, por ordem de chegada.
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O movimento Cidadãos por Coimbra foi o primeiro a chegar aos estúdios do Monte da Virgem, em Gaia. José Dias (coordenador), José Vieira Lourenço (mandatério), Graça Simões (candidata AMC) e António José André (ativista do BE) marcaram presença ao lado do ex-comunista Jorge Gouveia Monteiro. Constituíram a “maior embaixada”.
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O social democrata Jaime Ramos entrou a seguir com Moisés Rocha. Carlos de Figueiredo chegaria mais tarde. Rocha é do PSD e empresário no ramo das próteses dentárias. Figueiredo também é militante do principal partido da coligação Mais Coimbra e colabora com a Turismo do Centro.
O terceiro candidato a passar pela portaria da estação pública foi o comunista Francisco Queirós. Fez a viagem com um camarada da CDU.
Já se aproximava a hora marcada para a gravação quando o socialista Manuel Machado se juntou aos 3 primeiros.
Vinha com José Diogo e Leonardo Martins. Diogo é sócio de empresas de comunicação avençadas pela Câmara Municipal de Coimbra. Já participou na campanha de 2013. Consta que o seu sócio Luís Miguel Viana não está envolvido na campanha de 2017. Martins é director do jornal Jovem Socialista e colaborador do município conimbricense.
José Manuel Silva chegou em cima da hora com dois desconhecidos para o enviado do NDC.
Posteriormente apuramos que “são do Porto”. Trata-se de Jorge Afonso Morgado e de um seu colaborador. E quem é Morgado, pergunta o e-leitor. Foi jornalista antes de se tornar consultor de comunicação. Teve como clientes a Câmara de Gondomar e a distrital portuense do PSD. Esteve mais de 10 anos a dirigir a comunicação do Metro do Porto
Regista-se que José Diogo e Jorge Morgado se cruzaram no Porto quando ambos prestavam serviços a empresas locais na área dos transportes. Já se sabia que Diogo continuava Valorizar Coimbra na Câmara e na campanha. Morgado é uma novidade, pois Silva tem recorrido ao serviço de Helena Branco, uma antiga colaboradora deste assessor de Machado.
O último a chegar foi o candidato do PNR. Vítor Ramalho contou com o apoio de outro militante do PNR.
A presença de assessores, colaboradores, consultores ou amigos neste tipo de eventos acaba por ser meramente simbólica. Apesar de fazerem questão de mostrar aos seus candidatos que conhecem “gente na televisão”, aqui não há grande espaço para “vender”. Até o lugar onde se senta cada um dos participantes ou a ordem da sua entrada em cena é sorteada à moda antiga. E como não há intervalo, nem sequer dá para mudar a táctica caso se esteja a ver que jogar ataque não é a melhor defesa.
No caso em apreço, os acompanhantes limitaram-se a ver o debate fora do estúdio. Souberam o que estava a acontecer porque a RTP faz a gentileza de colocar uma televisão na sala de espera onde os candidatos são muito bem acolhidos, onde não faltou água, café, bolos, fruta e sandes e muita simpatia da produção da estação que faz serviço público. Enfim, foram, tal como o repórter, meros treinadores de bancada, onde as 6 claques puderam sofrer, sonhar ou “mandar umas bocas” ao rival.
Como se poderá ver a partir das 19:45, com ou sem assessoria profissional, os concorrentes à “cadeira do poder” mostraram que, com ou sem media training, estavam bem “briefados”. Sabiam de “cor e salteado” o que iam dizer no programa bem moderado pelo jornalista André Macedo.
Regista-se que Ramos, Machado e Silva não dispensaram a gravata. Monteiro, Queirós e Ramalho optaram pelo traje mais informal.
O programa foi gravado depois de almoço. Notícias de Coimbra não quis apurar se algum dos candidatos foi mais cedo para provar as famosas francesinhas, pois os estúdios da televisão não são melhor local para fazer sondagens.
Crónica ilustrada por Fernando Moura
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