Economia

António Costa afirma que competição será brutal e Portugal tem de atingir “top 10” da UE

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 17-12-2021

O primeiro-ministro afirmou hoje que a competição à escala mundial por matérias-primas ou tecnologias vai ser brutal a prazo e que Portugal dispõe de uma oportunidade única para atingir o “top 10” da União Europeia.

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António Costa assumiu esta posição no final de uma sessão intitulada “Web Summit – O dia seguinte”, no Clube Ferroviário, em Lisboa, em que também esteve presente o ministro de Estado e da Economia, Pedro Siza Vieira, assim como o ex-titular desta pasta Manuel Caldeira Cabral.

No seu breve discurso, o líder do executivo considerou que o país se encontra perante o desafio de saber “como dar um novo salto” ao nível tecnológico e defendeu que o caminho passa pela formação de quadros mais qualificados, pela retenção de talentos, pela captação externa de talentos, por empresas com maior valor acrescentado e por uma ligação maior das empresas às entidades produtoras de conhecimento.

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Depois, comentou uma intervenção minutos antes proferida por uma jovem ligada às empresas tecnológicas, que disse que em Espanha existe a convicção de que Portugal está mais adiantado em termos de execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR).

“Não temos só de estar mais adiantados do que Espanha. Temos mesmo de estar mais adiantados do que os outros Estados-membros da União Europeia. O PRR é muito interessante, mas vai injetar algo semelhante ao Plano Marshall simultaneamente em todos os países da União Europeia”, apontou.

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Ou seja, de acordo com António Costa, “a competição vai ser brutal, porque vai ser uma competição por tudo: Por matérias-primas para materiais de construção, por microchips, por semicondutores e por talento”.

“Portanto, temos de estar à frente para podermos chegar à frente na meta. A nossa ambição tem de ser a de utilizar esta oportunidade extraordinária que agora dispomos para conseguir não só convergir com a média europeia, como também começarmos a atingir os países que estão no top 10 da União Europeia”, declarou.

Neste ponto, o primeiro-ministro defendeu que Portugal tem recursos para o fazer, desde logo pela sua elevada taxa de licenciados em engenharias, “a terceira da União Europeia, só com a Áustria e Alemanha à sua frente”.

“Temos a acrescentar à formação técnica e científica, a nossa arte de viver, que sempre nos foi bastante útil”, completou.

António Costa sustentou depois que o ecossistema tecnológico em Portugal “tem-se mostrado muito vibrante”, mas advertiu que é essencial que “continue a crescer”.

“Essa é uma prioridade absoluta para o país”, declarou, antes de se referir ao dado de que Portugal já tem “sete unicórnios”, empresas tecnológicas com capital superior a mil milhões de dólares norte-americanos.

“Esses sete unicórnios transmitem uma mensagem de confiança para todas as outras startups. A maioria das startups não serão nunca unicórnios. Mas o exemplo que estes unicórnios constituem é um enorme fator de motivação para quem já está a empreender, para quem ainda está a estudar ou para quem está lá fora”, acrescentou.

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