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Antigo diretor das Obras Públicas de Macau em prisão preventiva por suspeita de corrupção

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 anos atrás em 24-12-2021

Um antigo diretor dos Serviços de Obras Públicas de Macau ficou hoje em prisão preventiva por suspeita de corrupção, branqueamento de capitais e falsificação de documentos, anunciou o Ministério Público (MP).

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Além do antigo diretor, ficaram também detidos preventivamente mais dois arguidos. A outros cinco arguidos foram aplicadas as medidas de coação “de apresentação periódica” e “de proibição de ausência”, acrescentou.

Numa investigação, o Comissariado Contra a Corrupção (CCAC) concluiu que o antigo responsável da Direção dos Serviços de Solos, Obras Públicas e Transportes (DSSOPT) “terá recebido, pessoalmente e através de familiares seus, avultadas vantagens por parte de empresários, abusando dos seus poderes e aprovando, ilegalmente, vários pedidos de projeto de construção no período de exercício das suas funções”, indicou o organismo em comunicado.

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“O ex-dirigente terá praticado os crimes de corrupção passiva para ato ilícito, de branqueamento de capitais e de falsificação de documentos. Os demais empresários e os indivíduos envolvidos terão praticado os crimes de corrupção ativa, de branqueamento de capitais e de falsificação de documentos, respetivamente” salientou o CCAC.

O MP verificou, depois de investigação preliminar, “fortes indícios da prática, pelos oitos arguidos, dos crimes de corrupção passiva para ato ilícito, punível com pena de prisão até oito anos, de corrupção ativa, punível com pena de prisão até três anos, de branqueamento de capitais, punível com prisão até oito anos e de falsificação de documentos (relativos à fixação de residência por investimento), punível com prisão até oito anos.

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O organismo anticorrupção indicou ainda que o ex-dirigente da DSSOPT, “em fuga” e a viver no interior da China “durante um longo período de tempo”, foi intercetado pelas autoridades de segurança pública chinesas, e encaminhado “através da Polícia Judiciária de Macau para o CCAC para efeitos de investigação”.

Nem o CCAC, nem o MP identificaram o antigo diretor nos respetivos comunicados, mas o canal de rádio em língua chinesa da emissora pública TDM disse, citando as autoridades, tratar-se de Li Canfeng, que ocupou o cargo entre 2014 e 2019.

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