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Antigas instalações da Manutenção Militar em Coimbra vão acolher “O Sal que Não Salga”

Notícias de Coimbra com Lusa | 12 meses atrás em 10-05-2023

As antigas instalações da Manutenção Militar, edifício devoluto no centro de Coimbra, vão acolher a exposição “O Sal que Não Salga”, do Colectivo Pescada n.º 5, com obras que dialogam com o passado e o futuro daquele espaço.

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A exposição, que vai buscar o título ao “Sermão de Santo António aos Peixes”, de Padre António Vieira, vai reunir no sábado e no domingo 64 obras dos vários participantes do coletivo pelos diferentes espaços daquele antigo edifício há muito abandonado, entre pintura, escultura, instalações, ‘performances’, sonoplastia ou fotografia, disse à agência Lusa Inês Moura, que faz parte do Colectivo Pescada n.º 5.

A reflexão sobre as relações laborais e o trabalho presentes no sermão de Padre António Vieira estão patentes numa exposição que se relaciona também com o edifício onde se inscreve, com as obras a dialogarem quer com o passado da antiga Manutenção Militar quer com o possível futuro do espaço, previsto estar integrado no Centro de Arte Contemporânea de Coimbra e de uma futura escola artística, explicou.

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“Estamos a trabalhar o espaço, observando as camadas do passado, mas também do futuro”, salientou Inês Moura, esperando que a própria exposição seja uma espécie de “arranque para essa nova vida do edifício”.

O tema escolhido para a exposição – que dá sempre o mote para a produção artística dos participantes no coletivo – surge quer em torno das relações laborais quer em abordagens mais literais ao sal, enquanto “elemento rico e poético”, numa exposição em que há obras criadas a partir de objetos encontrados no edifício.

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Esta é a primeira exposição do coletivo que conta com a coorganização da Câmara de Coimbra, proprietária do edifício.

O Colectivo Pescada n.º 5 agrega, de forma informal, um “grupo muito heterogéneo de pessoas”, seja na diversidade de gerações ali representadas seja na própria relação dos seus participantes com a arte, juntando profissionais e não profissionais, a maioria da região de Coimbra, e que têm trabalhado, sobretudo, em espaços devolutos da cidade, tendo ocupado no passado edifícios como os antigos armazéns da Coimbra Editora ou a antiga Sociedade de Porcelanas de Coimbra, na Arregaça.

A forma colaborativa de trabalharem está bem vincada na exposição, em que, junto às obras, estará apenas o seu título, sem qualquer referência aos autores.

“Há um lado muito democrático nesta experiência”, salientou Inês Moura.

A exposição, de entrada livre, pode ser visitada das 15:00 às 22:00, no sábado, e das 15:00 às 18:00, no domingo.

Em “O Sal Que Não Salga”, haverá também momentos de atuação musical.

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