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“Amiga” do Presidente da República troca jornalismo por assessoria de imprensa

Notícias de Coimbra | 5 anos atrás em 12-12-2018

Lembra-se do “Presidente da República ter avisado uma jovem jornalista em Coimbra que “a missão é muito difícil” e “é preciso estar-se apaixonado”? 

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Foi no 26 de Outubro que Presidente da República alertou uma jovem jornalista de 21 anos, que se está a iniciar na profissão, para a dificuldade da missão, argumentando que é preciso estar-se apaixonado para a desempenhar.

Foto Lusa via Sapo

“É preciso estar-se apaixonado por essa missão, porque a missão é muito difícil. É muito difícil porque é muito exigente, porque não tem horas, porque puxa pelo próprio e puxa pelos familiares, altera o resto da vida, é uma vocação a 100%, 24 horas por dia”, disse Marcelo Rebelo de Sousa, sempre disponível para comentar tudo e todos, citado pela agência Lusa.

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Por paixão ou por dinheiro, 3 meses após estas declarações do Presidente da República, a jovem troca o jornalismo pela assessoria de imprensa!

Embora alheia ao facto, Bárbara tornou-se protagonista após esta conversa com Marcelo Rebelo de Sousa.

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Com essa mediatização, acabou por se tornar uma figura pública, sendo esse encontro muito comentado nas redes sociais, pelo que importava saber porque deixou de exercer as funções de jornalista.

Bárbara teve a gentileza de responder: Realmente essa mediatização existiu. Contudo, os motivos pelos quais neste momento optei pela assessoria, são pessoais. Não tenho comentários a fazer. 

Bárbara Figueiredo já está a trabalhar na assessoria de imprensa da Câmara Municipal de Figueira da Foz.

Nuno Matos, Chefe de Gabinete de João Ataíde, Presidente da autarquia local, já confirmou a realização de “um contrato de prestação de serviços”.

O acordo entre a autarquia e a jornalista ainda não está disponível na base de contratos públicos. 

Segundo a Lusa, Bárbara Figueiredo era correspondente do Jornal de Notícias (JN) no distrito de Coimbra.

Notícias de Coimbra sabe era um dos muitos profissionais do jornalismo que “trabalha à peça”, daqueles que não sabem quando é que levam para casa ao fim de um mês de pouco ou muito trabalho.

O Presidente da República, depois de lembrar que foi jornalista “noutros tempos, quando era novo”, frisou que estes profissionais nunca sabem quando têm de estar disponíveis e “há quem aguente e quem não aguente”.

“E para se aguentar, tem de ser uma grande paixão”, enfatizou Marcelo Rebelo de Sousa. “Eu tenho”, respondeu Bárbara Figueiredo, que à Lusa considerou que o jornalismo “no geral, é um ato de amor”.

O Presidente da República acabou por tirar uma ‘selfie’ com a jovem jornalista, intitulando a fotografia “a ‘selfie’ da Benjamim”. E, dirigindo-se à jovem, notou: “E muitas vezes não vai ter tempo para se produzir como hoje está produzida, telefonam-lhe e sai a correr como está”, brincou o chefe de Estado. 

Recordamos que Presidente da República questionou no final de Novembro se o Estado não tem o dever de intervir dada a crise da comunicação social, considerando que há uma “situação de emergência” que já constitui um problema democrático e de regime.

“A grande interrogação que eu tenho formulado a mim mesmo é a seguinte: até que ponto o Estado não tem a obrigação de intervir?”.

O Chefe do Estado adiantou que, a este propósito, tem pensado se “não será possível uma forma de intervenção transversal, a nível parlamentar, que correspondesse a um acordo de regime”.

“Não sei, verdadeiramente, quais são as pistas. Tenho para mim esta preocupação, que é: não queria terminar o meu mandato presidencial com a sensação de ter coincidido com um período dramático da crise profunda da comunicação social em Portugal. E, portanto, da liberdade em Portugal e, portanto, da democracia em Portugal”, acrescentou.

Já em dezembro, depois de ter lançado este debate  sobre se o Estado deve intervir num cenário de crise da comunicação social, Marcelo Rebelo de Sousa foi questionado pelos jornalistas se tal intervenção seria compatível com a manutenção da liberdade de informação.

“Eu acho que sim, eu próprio coloquei quais são as dúvidas que se levantam”, salientou.

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