Desporto

Amaro Antunes ‘responsabilizou’ a W52-FC Porto pelo seu segundo título consecutivo

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 15-08-2021

Amaro Antunes ainda não assimilou a 100% que venceu pelo segundo ano consecutivo a Volta a Portugal em bicicleta, um feito que, diz, ser mérito da W52-FC Porto e que coroou uma edição “muito dura a nível psicológico”.

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“O balanço tem de ser positivo, foi uma Volta muito dura, mas a equipa sempre acreditou que era possível, inclusive hoje, quando a saímos para o autocarro, tanto a equipa como o Nuno [Ribeiro], sempre me fizeram acreditar que ia ser possível e conseguimos levar a vitória, que é o mais importante”, começou por dizer o recém-coroado campeão da 82.ª edição, em conferência de imprensa.

Vestido com a amarela que conquistou pelo segundo ano consecutivo, o algarvio de 30 anos admitiu que “obviamente, houve ali um ou outro dia em que as coisas não correram tão bem”.

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“Mas não foi por isso que baixámos os braços. Sempre fomos uma equipa que quando teve de assumir, assumiu. Quando tivemos de atacar, atacámos. Tínhamos a nossa estratégia bem delineada e no final viu-se o resultado”, destacou.

Hoje, é Antunes “o portador da amarela”, mas o bicampeão insistiu que a sua vitória é de toda a equipa, que ganhou a prova pelo nono ano consecutivo.

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“Esta Volta foi muito dura a nível psicológico, pela situação dA covid-19 e a questão de as coisas não nos estarem logo a correr [bem]… Internamente, estávamos tranquilos mas, no exterior, aquela indefinição de que não iríamos ganhar… quer queiramos quer não, o que vem de fora acaba por destabilizar um pouco a equipa. Felizmente, temos um grupo super forte, super unido e essa união foi demonstrada nestes dias em que tivemos de fazer a diferença”, sustentou.

No geral, “toda a Volta foi dura, por ter sido muito atacada”, mas foi a etapa da Serra da Estrela a de maior dificuldade para os ‘dragões’, para quem é indiferente não terem vencido qualquer etapa.

“Não viemos para ganhar etapas, vínhamos com a ideia clara de discutir a Volta a Portugal. Foi para isso que viemos para cá e nunca o escondemos. As vitórias de etapas, é evidente que se acontecessem, era bom, mas não estávamos focados nisso”, garantiu.

Agora, Antunes quer respirar de alívio e desfrutar da vitória hoje assegurada, graças à “raça e ao querer” da W52-FC Porto.

Não se cansando de elogiar a equipa, o algarvio assumiu que acaba por ser “um motivo de orgulho” ser bicampeão da prova.

“Qualquer atleta quando está em competição, procura vitórias. É para isso que trabalhamos. Este ano, acabámos por fazer um trabalho ainda maior, porque estivemos muito tempo nos estágios de altitude, abdicando de muita coisa. Conseguir estar aqui nesta posição é um sentimento de orgulho, que na realidade ainda não assimilei a 100%”, confessou.

O ciclista da W52-FC Porto pronunciou-se ainda sobre o azar de Mauricio Moreira (Efapel), o segundo classificado da geral a apenas 10 segundos, que caiu no contrarrelógio de 20,3 quilómetros de Viseu, e ainda assim conseguiu recuperar 34 segundos de desvantagem.

“Isto é desporto. É o que é. Ontem [no sábado], também fiquei algo triste [o pé saltou-lhe a 500 metros do alto da Senhora da Graça], hoje acabou por ser ele. Podia ter-me acontecido a mim. Foi nos detalhes, porque tivemos a preocupação de ir a esse ponto [onde Moreira caiu]. São os detalhes que fazem as diferenças”, rematou.

Também Nuno Ribeiro, diretor desportivo da W52-FC Porto, reconheceu que “teoricamente” esta Volta foi a mais difícil para os ‘dragões’.

“O nosso objetivo era ganhar a Volta. Tornou-se complicado durante a prova, mas acho que para o espetáculo foi bonito”, acrescentou, apontando como maior dificuldade o facto “de as outras equipas não quererem” que os ‘azuis e brancos’ ganhassem a prova novamente. “Tornou-se complicado lutar contra essa maré”, acrescentou.

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