Coimbra

Águas de Coimbra espera que no fim de 2024 se decida agregação a outros concelhos

Notícias de Coimbra com Lusa | 4 meses atrás em 19-12-2023

A empresa Águas de Coimbra espera que no fim de 2024 possa haver condições para se poder tomar uma decisão quanto a uma solução intermunicipal de gestão da água, que junte Condeixa-a-Nova, Mealhada e Miranda do Corvo.

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“Até ao final do próximo ano, esperamos estar em condições de tomar essas decisões”, afirmou o presidente da empresa municipal Águas de Coimbra, Alfeu Sá Marques, que falava aos jornalistas numa conferência de imprensa de balanço de metade do mandato à frente daquela entidade.

No final de outubro, as Câmaras de Coimbra, Condeixa-a-Nova, Mealhada e Miranda do Corvo decidiram analisar uma solução intermunicipal para a exploração e gestão da água, saneamento e resíduos sólidos.

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Hoje, em conferência de imprensa, Alfeu Sá Marques referiu que já foi lançado o concurso internacional para ser realizado um estudo de viabilidade, que terá um prazo de execução de seis meses, e que, no final de 2024, os municípios envolvidos possam tomar uma decisão.

Para o presidente da Águas de Coimbra, o principal benefício desta possível agregação será um aumento de escala.

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Disse também que esta solução representa um passo para uma ideia de “área metropolitana”.

“A porta está sempre aberta para outros”, esclareceu, referindo que, desde o início do processo, a empresa ainda não foi contactada por mais nenhum município.

Alfeu Sá Marques recordou também a legislação que beneficia soluções intermunicipais em candidaturas a fundos comunitários, explicando que, no final do estudo, poderão aderir os quatro municípios envolvidos ou apenas dois ou três deles.

Durante a conferência de imprensa, o presidente da empresa municipal salientou que a Águas de Coimbra registou um resultado positivo de 2,7 milhões de euros em 2022 e que também deve manter-se em terreno positivo no fecho do presente ano (cerca de três milhões de euros de lucro), contrariando o resultado negativo de 2,2 milhões de euros em 2021 (iniciou o mandato no final desse ano).

Alfeu Sá Marques esclareceu que foi necessário aumentar o tarifário, depois de um ciclo de descida de preços cobrados ao consumidor entre 2013 e 2021, “em contraciclo com as tarifas aplicadas em alta”.

Ao longo dos dois anos, a empresa aplicou o princípio do poluidor pagador (penalizando o excesso de carga poluente nas águas residuais industriais), aumentou a cobertura do sistema de telemetria de 60% para 80% (que se espera que seja próximo dos 100% até ao primeiro trimestre de 2025), reduziu a percentagem de água não faturada, aumentou o número de clientes (mais 1.100 em dois anos) e reduziu as dívidas não cobradas aos clientes, referiu.

Apesar de ter como objetivo chegar ao final do mandato com uma percentagem de perdas na ordem dos 15%, a Águas de Coimbra continua a registar perdas próximas dos 20%, mas Alfeu Sá Marques vincou que continua a acreditar que será possível atingir esse objetivo.

Até 2025, estão previstas também obras para servir algumas povoações do concelho que ainda não estão cobertas pela rede fixa.

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