Coimbra

Agosto mês não querido no Mercado D. Pedro V com poucos clientes (com vídeos)

Notícias de Coimbra | 2 anos atrás em 25-08-2022

Os comerciantes do Mercado D. Pedro V, em Coimbra, queixam-se de um mês de agosto fraco e do preço dos bens essenciais que continua a subir.  A carne, o peixe e os legumes são os alimentos com aumentos mais expressivos, mas o pão e a fruta também não escapam. O Notícias de Coimbra conversou, esta quinta-feira,  com alguns vendedores que dão nota da escalada de preços, bem como da falta de clientes.

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“Eu não me lembro de um agosto como este, está muito fraco, há poucos clientes” frisa Alice Nunes que já vende no Mercado D. Pedro V, em Coimbra, há 35 anos.

Para a proprietária do Cabaz da Alice “mesmo em época de turismo a procura é fraca, “fazem uma comprinha ou outra, o que nos vale são os clientes mais antigos, que perderam poder de compra, limitam-se a levar o essencial”.

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A comerciante adianta que  “todas as semanas há alteração nos preços, desde janeiro que o óleo e o azeite tiveram uma subida a rondar os 25%, mas o aumento é em todos os produtos”. Referindo que a margem é reduzida para não perder clientes.

Na frutaria os preços também aumentaram, Leonor Ferreira avança que “nem as bananas escaparam” a esta escalada. Já os preços do melão e da melância  duplicaram este ano, diz a vendedora alertando que a seca que se vive em Portugal tem contribuído para estes aumentos.

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Para a responsável do Cantinho da Ti Leonor “Coimbra no mês de agosto é uma aldeia”, notando que no Mercado D. Pedro V “durante a semana não se vende nem para a sopa”.

A peixeira Fátima Andrade, também, repara que este mês está tudo muito parado, “não há clientes”. O aumento dos preços já pesa e para agradar aos clientes a margem de lucro é muito mais pequena, diz a dona da banca das Peixarias Sabores do Mar.

Há comerciantes que nem colocam determinadas espécies de peixe à venda pelo elevado preço, a garoupa é o exemplo mais sonante, em que o quilo é agora vendido a 26 euros e em janeiro rondava os 20 euros.

Desde janeiro que “a carne de vaca, de porco, de aves têm sofrido um aumento significativo” disse ao NDC, Ana Paula Simões, gerente das Carnes da Nossa Aldeia, realçando que os clientes “levam menos quantidade”.

Também os produtos hortícolas não escaparam aos aumentos, diz Marisa Madeira, vendedora no Mercado D. Pedro V, referindo que “esta semana foi a guerra das couves e dos brócolos, com uma subida a rondar os 60%”.

Na Padaria Mimosa no piso 1 do espaço histórico de Coimbra, também se nota que o mês de agosto tem sido muito fraco. Rosa Antunes diz que os clientes reduziram no pão, “em vez de levarem 10, apenas compram 6, porque o dinheiro não chega”.

Adelaide Quaresma, de 83 anos, frequenta o Mercado D. Pedro V duas vezes por semana e também ela se queixa do preço dos produtos, principalmente da fruta, da carne e do peixe.

Veja o vídeo do Direto NDC com Alice Nunes, proprietária do Cabaz da Alice:

 

Veja o vídeo do Direto NDC com a peixeira Fátima Andrade:

Veja o vídeo do Direto NDC com Ana Paula Simões, gerente das Carnes da Nossa Aldeia:

Veja o vídeo do Direto NDC com Rosa antunes da Padaria Mimosa:

Veja o vídeo do Direto NDC com Adelaide Quaresma:

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