Política

Acordo de coligação entre PSD, CDS-PP e  Partido Popular Monárquico é hoje assinado

Notícias de Coimbra com Lusa | 4 meses atrás em 07-01-2024

PSD, CDS-PP e PPM assinam hoje o acordo de coligação Aliança Democrática, numa cerimónia na Alfândega do Porto em que também discursará um representante dos independentes que deverão integrar as listas conjuntas às legislativas.

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No sábado, foi divulgado o texto do acordo no qual se destaca a “experiência de Governo” da Aliança Democrática (AD) no passado, “uma mais valia que não existe noutros setores políticos”, e se alerta para “a afinidade da anterior e atual liderança do PS com os partidos da esquerda radical”.

No texto, reitera-se que este acordo de coligação entre os três partidos incluirá as legislativas de 10 de março e as eleições europeias de 09 de junho, uma aliança “com o propósito de oferecer a Portugal a mudança política necessária e um Governo ambicioso, reformista, moderado estável e maioritário”.

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O acordo, que será assinado pelos presidentes do PSD, Luís Montenegro, do CDS-PP, Nuno Melo, e do PPM, Gonçalo da Câmara Pereira, aponta como prioridades da AD alcançar níveis elevados de crescimento, reforçar rendimentos e “salvar e reabilitar o Estado Social do definhamento em curso”.

Repudiar “extremismos ou populismos de qualquer ponto do espetro ideológico ou partidário” e governar “com elevada exigência ética” são outros dos compromissos, a par de um compromisso com a “gestão sustentável” das finanças públicas e de uma “estabilidade política construída em diálogo aberto, construtivo e participado com os diferentes atores e instituições da sociedade”.

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O acordo de coligação prevê que o programa eleitoral da Aliança Democrática – que promete uma campanha “pela positiva” – tenha contributos dos três partidos e de personalidades independentes e, sobre lugares, refere apenas que as listas para as legislativas e europeias “serão baseadas na ponderação global dos resultados que os três partidos obtiveram” em anteriores sufrágios, cumprindo a lei da paridade e incluindo independentes.

Na quinta-feira à noite, os Conselhos Nacionais de PSD e CDS-PP aprovaram por unanimidade a coligação pré-eleitoral às legislativas e europeias, que foi anunciada entre sociais-democratas e democratas-cristãos a 21 de dezembro, recuperando o nome Aliança Democrática (a designação das primeiras coligações celebradas entre os dois partidos nos anos 80).

Na quarta-feira, foi anunciado que também o PPM integraria esta coligação pré-eleitoral, já aprovada pelos órgãos deste partido.

No Conselho Nacional, Luís Montenegro avançou que o CDS-PP terá dois lugares “claramente elegíveis” nas listas por Lisboa e pelo Porto, o 16.º em cada um desses círculos eleitorais – que poderão ser eleitos em função do crescimento eleitoral -, além do 10.º lugar na lista por Aveiro e o 11.º por Braga, mandatos que considerou ser possível assegurar em caso de uma vitória “mais folgada”, ficando reservado para o PPM o 19.º lugar pela capital.

Esta é a quarta vez que PSD e CDS-PP irão juntos a votos em legislativas.

A assinatura do acordo de coligação da AD acontece poucas horas depois do fim do 24.º Congresso do PS, que consagrou Pedro Nuno Santos como novo secretário-geral do partido, cargo em que substituiu António Costa, que se demitiu de primeiro-ministro em 07 de novembro, após ter sido tornado público que era alvo de um inquérito judicial instaurado pelo Ministério Público no Supremo Tribunal de Justiça a partir da Operação Influencer.

O Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, aceitou a demissão do primeiro-ministro e dois dias depois anunciou ao país a dissolução do parlamento e a convocação de eleições legislativas antecipadas para 10 de março.

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