Em Outubro de 2021, o então secretário-geral adjunto do PSD, Hugo Carneiro, divulgava, no diário Público, um artigo de opinião acerca de Marcelo Rebelo de Sousa intitulado “A mão visível que actua” no partido.
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(…) “para um militante do PSD, como sou, relativamente descomprometido, muitas das atitudes ou intervenções do Presidente [da República] sempre me pareceram favorecer mais o PS e o seu Governo minoritário (o segundo de António Costa) do que verdadeiramente reflectirem uma acção isenta de gestão dos equilíbrios do Estado e com respeito total pela autonomia dos partidos, dos seus militantes e dos seus processos internos próprios”, escreveu o então dirigente partidário.
Para que se perceba, prosseguiu o articulista, em 2021, “o PR admite ter iniciado contactos que visavam, à revelia do líder da oposição, [então] Rui Rio, levar a que os deputados social-democratas da Madeira ou outros deputados do PSD pudessem pela ausência ou voto a favor viabilizar um Orçamento do Estado” proposto pelo segundo Governo de Costa.
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Curiosamente, o Público remeteu, esta sexta-feira, na rubrica “Soundbite”, para a hipótese de o PR ter acabado de vetar dois nomes para secretários de Estado.
Na medida em que perguntar não ofende, ocorre-me questionar se algum dos nomes eventualmente vetados por Rebelo de Sousa será o de Hugo Carneiro.
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Talvez nunca saibamos; mas, se a resposta à pergunta for afirmativa, existe a mão (in)visível de Marcelo a actuar no PSD e poder-se-á dizer que, pela boca, “morreu” Carneiro.
OPINIÃO | RUI AVELAR – JORNALISTA
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