Crimes

Tia da grávida da Murtosa “deita” tudo cá para fora

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 6 dias atrás em 02-10-2024

Imagem: SIC

O caso de Mónica Silva ainda choca e emociona Portugal. Na quinta-feira, 3 de outubro, cumpre-se um ano desde que a grávida da Murtosa desapareceu sem deixar rasto. A família não baixa os braços e garante que “não vai desistir”.

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“Foi um ano de muito sofrimento, de muita ansiedade e acima de tudo de muita revolta”, desabafou ao Correio da Manhã Filomena Silva, tia de Mónica.

A mulher, à data com 33 anos, estava grávida de sete meses. Naquela noite, saiu de casa para tomar café e nunca mais foi vista. Disse aos filhos, de 11 e 14 anos, que não ia demorar, mas nunca conseguiu chegar até eles. Algo lhe bloqueou o caminho.

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A família acredita que Fernando Valente era o pai da criança e que o facto de não querer assumir a paternidade terá motivado o crime.

O empresário foi detido um mês depois e é o único arguido e principal suspeito pela morte e desaparecimento. Está em prisão domiciliária, indiciado pelos crimes de homicídio qualificado, ocultação e profanação de cadáver, bem como de aborto agravado.

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“Existem duas crianças que continuam a sofrer. Tem sido muito difícil para eles”, confessa a familiar, ao mesmo tempo que aponta o dedo a Fernando Valente.

“O lugar dele é na cadeia. Estou muito revoltada com a Justiça. Por uma multa estive eu com pulseira eletrónica. Depois do que fez, não percebo porque é que passou de preventiva para domiciliária e continua em casa com todas as regalias”, questiona revoltada.

Familiares e amigos realizaram dezenas de buscas na ria de Aveiro, em terrenos, poços e casas abandonadas. No entanto, nenhuma das pistas surtiu qualquer efeito.

O Tribunal de Instrução Criminal de Aveiro decretou, em maio, a medida de especial complexidade no processo do desaparecimento de Mónica Silva, prolongando o tempo limite para a dedução da acusação de seis para 12 meses.

O prazo termina em meados de novembro pelo que a acusação deverá ser conhecida até lá.

Recorde-se que no início de maio, Sara Silva, gémea de Mónica, foi ouvida várias vezes no Tribunal de Estarreja na qualidade de testemunha. Além de ser irmã, também conhecia bem Fernando Valente.

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