Saúde

Familiares de mulher com Alzheimer desaparecida promovem vigília frente à Assembleia da República

Notícias de Coimbra com Lusa | 4 meses atrás em 10-01-2024

Imagem: Facebook

Familiares e amigos da mulher de 73 anos que padece da doença de Alzheimer e que se encontra desaparecida desde 12 de dezembro promovem na quinta-feira uma vigília silenciosa para sensibilizar para o tema do desaparecimento.

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A vigília, inicialmente marcada junto da Quinta de Santo António, no Restelo, perto do Hospital São Francisco Xavier, vai ser realizada frente à Assembleia da República, pelas 18:30, disse à agência Lusa, através de uma nota, uma amiga da família.

Uma mulher de 73 anos está desaparecida desde 12 de dezembro do ano passado depois de ter saído, pelo próprio pé, do Hospital São Francisco Xavier, em Lisboa.

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Para sensibilizar para o tema do desaparecimento de pessoas com demência, familiares e amigos lançaram uma petição pública, que pode ser assinada aqui. E lembram que a mulher desaparecida “poderia ser qualquer um dos nossos pais ou avós”.

Pelas 12:00 de hoje já tinham assinado a petição, que visa “melhorar a prevenção e a resposta ao desaparecimento de pessoas com demência”, 1.979 pessoas.

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Entre outros, a petição pede ao Governo e à Assembleia da República uma alteração da lei 15/2014 [que consolida a matéria de direitos e deveres do utente dos serviços de saúde], nomeadamente através da adição de um regime normativo sancionatório em caso de incumprimento do direto de acompanhamento de pessoas em situação de vulnerabilidade e dependência, nomeadamente com demência.

Em 15 de dezembro, fonte do Comando Metropolitano de Lisboa da PSP disse à agência Lusa que tinha sido feita uma “participação de desaparecimento” no dia em que a senhora desapareceu, tendo encetado diligencias para a encontrar.

Hoje, fonte da PSP adiantou haver “movimentações no processo”, sem no entanto especificar pormenores, apenas que há “diligências” para o caso da senhora desaparecida em dezembro.

O Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, a que pertence o Hospital São Francisco Xavier, avançou em comunicado, em 14 de dezembro, ter dado entrada uma utente, na terça-feira [12 de dezembro], e saída da mesma “pelo seu próprio pé no mesmo dia, enquanto aguardava observação médica”.

De acordo com o comunicado, “foi registado no processo clínico o bom estado geral da senhora”, bem como o facto de estar “nos momentos de interação, consciente, orientada e colaborante com os profissionais”.

“Após confirmação pelo familiar que a acompanhava, do seu desaparecimento, foram feitos os procedimentos habituais nestes casos, visualização das imagens de câmaras no exterior do hospital e identificação da saída, pelo seu próprio pé, do hospital pelas 18:00, reporte ao posto local de PSP e averiguação em todas as instalações do próprio hospital pelos profissionais no sentido de despistar possível entrada não identificada por outra porta”, refere a nota.

Fonte do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental adiantou à Lusa que os profissionais do hospital andaram nas imediações para um eventual avistamento da senhora na zona de Algés.

Nas redes sociais continua a ser difundida uma mensagem de apelo para o desaparecimento da senhora de 73 anos, referindo que na altura vestia ‘leggings’ pretas, camisola de malha azul escura e chinelos do hospital”.

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