O município de Miranda do Corvo, no distrito de Coimbra, aprovou hoje o Orçamento Municipal para 2026 no montante de 26 milhões de euros, que reforça o investimento no ambiente, educação, desporto e desenvolvimento económico.
“O orçamento dá especial relevo à área do ambiente, com o avanço de projetos decisivos no saneamento básico, na construção do Ecocentro e na modernização da gestão de resíduos, reforçando a aposta na sustentabilidade, na qualidade ambiental e na dignificação das condições de vida das famílias”, anunciou hoje o executivo de José Miguel Ferreira (PSD/CDS-PP), que iniciou o primeiro ano de mandato no início de novembro.
O autarca, que nas eleições autárquicas de outubro interrompeu um ciclo de governação socialista de 12 anos, salientou, em comunicado, que estão também previstos investimentos na requalificação do parque desportivo municipal e na renovação do parque escolar.
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O novo executivo municipal aposta na qualificação do espaço público e na criação de novos espaços verdes de vocação familiar, “promovendo o lazer, a convivência e uma imagem mais acolhedora de Miranda do Corvo”.
“Trata-se de um orçamento de transição, preparado por um executivo que assumiu funções há poucas semanas, mas que já definiu prioridades claras para o futuro de Miranda do Corvo”, lê-se no comunicado.
A autarquia sublinhou ainda que a elaboração do orçamento foi influenciada pela execução de compromissos herdados do anterior executivo, nomeadamente contratos, obras em curso e responsabilidades financeiras acumuladas, “o que reduz a margem de manobra imediata”.
O Orçamento Municipal de Miranda do Corvo para 2026 apresenta o maior valor de sempre e foi aprovado por maioria, com os votos favoráveis dos quatro elementos do executivo PSD/CDS-PP e da única vereadora da CDU, e duas abstenções do PS.
O município aprovou hoje, por unanimidade, a manutenção da taxa mínima (0,30%) para prédios urbanos do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) em 2026.
Por maioria, foi aprovada a taxa da derrama, que isenta pessoas coletivas com volume de negócios igual ou inferior a 150 mil euros e entre os 150 e os 200 mil euros, desde que no último ano económico tenham criado três postos de trabalho. Nos restantes casos foi mantida a taxa de 1,5%.
Também por maioria, foi aprovado manter a variável do IRS em 0,4%, devolvendo assim a autarquia um por cento aos munícipes.
O vereador socialista José Mário Gama justificação à agência Lusa a abstenção do PS no Orçamento com o facto de ser um documento da responsabilidade do novo executivo, enaltecendo, no entanto, a sua elaboração “em tempo recorde”.
“O Orçamento é deste executivo, embora tenha zonas de contacto com o nosso projeto nas áreas ambiental, como a construção do Ecocentro e saneamento, e requalificação de instalações desportivas”, referiu o vereador, salientando que os autarcas socialistas vão estar “vigilantes e na expectativa” do seu cumprimento.
A vereadora única da CDU, Ana Isabel Grade, reconheceu que o novo executivo teve pouco tempo para elaborar o documento e que, sendo o seu primeiro orçamento, “não há razões para votar contra”.
“Demos contributos para o orçamento e vimos cabimentadas verbas para obras que propusemos nas áreas do saneamento, requalificação do parque escolar e desportivo, ambiente e investimento para acolher novas empresas”, frisou a eleita, salientando que faz “oposição responsável”.
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