O Museu Municipal Santos Rocha, na Figueira da Foz, promove no próximo sábado, 17 de maio, pelas 21:30, uma iniciativa cultural integrada no programa «Maio é Museu!», que celebra o 131.º aniversário do espaço museológico e assinala a Noite Europeia dos Museus.
O evento terá lugar na exposição temporária “DIÁLOGOS … SOBRE CULTURA E CONFLITOS», atualmente patente no museu, e contará com a apresentação do livro “Até as Guerras têm Regras – 50 crónicas para mentes curiosas”, da autoria de Noémia Malva Novais. A apresentação estará a cargo do Tenente-Coronel Paulo Rêpas, com a presença da própria autora.
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Noémia Malva Novais é historiadora, escritora e jornalista, exercendo atualmente funções como consultora de comunicação social e política. A obra reúne 50 crónicas que partem da guerra na Ucrânia, cruzando saberes das ciências da comunicação com temas de diplomacia, censura, imprensa e ciência política. Com uma abordagem que alterna entre o historiográfico e o literário, as crónicas procuram levar o leitor a refletir para além das imagens da guerra veiculadas pelos media.
A noite será ainda enriquecida com um momento musical protagonizado pela comunidade ucraniana residente na Figueira da Foz.
A exposição «DIÁLOGOS … SOBRE CULTURA E CONFLITOS» pode ser visitada até 21 de junho, de terça a sexta-feira, das 09:30 às 17:00, e aos sábados, das 14:00 às 19:00, com entrada gratuita.
A mostra reúne obras de seis artistas plásticas ucranianas – Tetiana Rybytska (pintura), Vik Shpetna (tapeçaria e cerâmica), Maria Markarian (objetos e tecidos da oficina ArtKomora), Natali Zagori (pintura), Alina Kryvoviaz (pintura) e Hanna Aleinikova (fotografia p&b). As obras refletem a arte, as tradições culturais e as vivências destas artistas desde que se instalaram na Figueira da Foz, sob o lema “Espírito Inquebrável de Uma Nação Invicta”, evocando a luta contínua pela liberdade do povo ucraniano.
A exposição é ainda complementada por oito obras do acervo do Museu, assinadas por artistas que se refugiaram ou passaram pela Figueira da Foz durante a Segunda Guerra Mundial: Ivan Sors, Wanda Ostrowska, Ruth F. Manes, Max Braumann, Anne Marie Jauss, Eugène Colson, Marcelle Galopin e Arpad Szenes. Estes autores partilham o denominador comum da Figueira da Foz como refúgio em tempos de conflito, representando “vidas em suspenso que vislumbraram um futuro”.
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