A primeira edição da “Feira Cultural de Coimbra”, integrando as feiras do livro e de artesanato e “aberta a outras artes”, vai decorrer no Parque Manuel Braga, entre 23 de maio e 01 de junho, como NDC revelou em primeira mão.
O fim da Feira do Livro e da Feira de Artesanato, permite um “certame mais amplo, mais abrangente, aberto a outras artes”, desde a pintura à escultura, da música ao teatro e à dança ou à gastronomia, pretende valorizar estas áreas e responder aos “novos hábitos de consumo cultural”, disse hoje o presidente da Câmara de Coimbra, Manuel Machado.
“A tecnologia introduziu novas formas de ler, ouvir, ver, até de comer”, procura-se de “forma diferente, compra-se de outra maneira, consome-se de modos diversos”, sustentou Manuel Machado, que falava numa conferência para apresentar a primeira Feira Cultural de Coimbra, sem decerto se ter apercebido que desde que saiu da autarquia foi inaugurada a Fnac, a Amazon, o Olx e o McDonalds.
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“Por isso, em Coimbra, as feiras da cultura também têm de mudar e estão a mudar”, sustentou o autarca, explicando que todos os participantes no certame (editores, livreiros, alfarrabistas, artesãos, galeristas, músicos, pintores, escultores, atores e instituições, entre outros) “foram convidados a envolverem-se de forma direta e ativa, com as suas próprias propostas, na animação da Feira Cultural”.
Com um total de 134 expositores, distribuídos por 172 stands, entre os quais cerca de meia centena de editores e livreiros (mais que na feira do livro de 2013) e mais de sete dezenas de artesãos (menos que no ano passado, embora a procura tenha superado a oferta, mas “foi necessário limitar as inscrições”), mais expositores de gastronomia e representações institucionais que nas últimas edições das feiras do livro e de artesanato, a Feira Cultural regista “números que permitem afirmar” que ela vai “superar as expectativas”, afirmou o presidente da Câmara de Coimbra.
O certame terá, no entanto, “um número ainda modesto” em relação aos participantes das artes plásticas e das edições musicais, reconheceu Manuel Machado, explicando a circunstância com o facto de se tratar do “primeiro ano em que estas áreas estão representadas”, mas que a Câmara quer “ver aumentado no próximo ano”.
A Feira Cultural de Coimbra implica um investimento do município da ordem dos 98 mil euros, mais cerca de três mil euros que o custo das edições de 2013 das feiras do livro e do artesanato, que em 2012 envolveram uma aplicação de perto de 112 mil euros e em 2011 quase 57 mil euros, dinheiro que é gasto, em grande parte no apoio logístico, indo uma fatia de cerca de 10 000 Euros para suportar as dormidas dos expositores, cujo contrato por ajuste directo foi notícia em NDC.
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