Saúde

9 em cada 10 mulheres em idade média sofre desta doença silenciosa

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 6 meses atrás em 07-11-2023

Este problema crónico atinge o fígado, e só é diagnosticado em fases cada vez mais precoces graças às análises de rotina. Porém, a doença pode ser assintomática e quando há sintomas nem sempre são claros para o doente.

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Há um alerta que importa: a patologia pode progredir até à cirrose e obrigar a um transplante, falamos da colangite biliar primária, explica o Jornal de Notícias.

É autoimune, crónica e progressiva. “O fígado produz bílis e neste órgão temos canais biliares que conduzem a bílis até à vesícula biliar, que depois se esvazia no intestino no sentido de ajudar a digestão. No fundo, o que acontece nesta doença é uma destruição desses canais biliares dentro do fígado, comprometendo a drenagem da bílis até ao intestino”, resume Pedro Narra Figueiredo, presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia. Os canais biliares vão ficando obstruídos, não permitindo a passagem da bílis e isso acaba por ter consequências ao nível do fígado.

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O cansaço anormal e generalizado, que afeta as tarefas do dia a dia, e a comichão difusa pelo corpo, que aparece com mais intensidade à noite (em alguns casos é um prurido extremo que impede o descanso e que é intratável), são os sintomas mais comuns que começam a surgir. Mas há outros mais fáceis de identificar que podem acontecer com a progressão da patologia, pode ler-se no jornal.

“São sinais mais objetivos, nomeadamente manchas de hiperpigmentação na pele ou xantomas, que são elevações de cor amarelada na pele, devido à acumulação de colesterol. A doença centra-se no fígado, mas tem uma manifestação sistémica, uma dessas manifestações é a acumulação de colesterol”, esclarece David Perdigoto, gastrenterologista no Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra. 

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Não é possível prevenir e não tem uma causa identificada, mas segundo o profissional terá uma componente genética, no sentido em que há uma maior predisposição, um maior risco se houver histórico familiar. 

Estima-se que existam cerca de mil doentes em Portugal, 9 em cada 10 são mulheres em idade média. 

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