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500 000: Pedro Nuno Santos reconhece que sabia o valor da indemnização paga a Alexandra Reis

Notícias de Coimbra | 1 ano atrás em 20-01-2023

O ex-ministro das Infraestruturas e Habitação, Pedro Nuno Santos, confirmou hoje que deu “anuência política” para saída da TAP de Alexandra Reis, acrescentando que foi informado “do valor final do acordo” entre as partes.

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Num esclarecimento público, Pedro Nuno Santos explicou que, desde a sua demissão, em 28 de dezembro, tem estado a “reconstruir a fita do tempo” sobre a saída de Alexandra Reis da companhia aérea portuguesa, com uma indemnização de 500 mil euros.

“A importância de reconstruir esta fita do tempo foi reforçada com a audição da CEO da TAP no Parlamento e a explícita referência a uma anuência escrita por parte do secretário de Estado [das Infraestruturas], Hugo Mendes”, realçou Pedro Nuno Santos.

“Da análise complementar à comunicação informal, há efetivamente uma anuência política escrita por parte do secretário de Estado à CEO da TAP”, adianta o socialista.

Pedro Nuno Santos conta ainda que tinha sido informado do valor da indemnização: “Neste processo de reconstituição, foi encontrada ontem [19 de janeiro de 2023], por mim, uma comunicação anterior da minha então chefe do gabinete e do secretário de Estado, de que nenhum dos três tinha memória, a informarem-me do valor final do acordo a que as partes tinham chegado”.

“Nessa comunicação dizem-me que é convicção dos dois, em face da recomendação da CEO da TAP e da sua equipa de advogados e das informações que receberam dos mesmos, que não era possível reduzir mais o valor da compensação”, contou ainda o ex-ministro.

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Ainda sobre a referida comunicação, Pedro Nuno Santos refere que lhe foi pedida “anuência política para fechar o processo” e acrescenta que “a mesma foi dada”.

O ex-ministro que detinha a pasta da TAP vincou que à data da sua demissão e após análise de “toda a comunicação institucional, incluindo e-mails, entre a TAP e o Ministério das Infraestruturas (…) não foram identificadas quaisquer comunicações dirigidas ao ministro, nem qualquer documento de resposta do Ministério, contendo algum tipo de autorização”.

“Com a minha demissão, retirei a consequência política devida, por considerar então, com a informação que tinha presente, que deveria assumir a responsabilidade política deste processo. Agora, identificada esta nova informação, por uma questão de transparência, penso ser meu dever prestar este esclarecimento público”, frisou ainda Pedro Nuno Santos.

DMC // RBF

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