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3ª volta das eleições da AAC no Palácio da Justiça

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 03-04-2014
Luís Manuel Santos (advogado da Lista A) e Manuel de Magalhães e Silva (defensor da AAC)

Luís Manuel Santos (advogado da Lista A) e Manuel de Magalhães e Silva (defensor da AAC)

Onze testemunhas indicadas pela Comissão Eleitoral da Academia de Coimbra e pela lista derrotada nas eleições de dezembro foram hoje ouvidas no Tribunal de Coimbra, após providência interposta pelo candidato derrotado, que exigia impugnação dos resultados da urna n.º 17.

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A audição de testemunhas decorreu durante todo o dia, estando agendada para sexta-feira de manhã a audição do estudante que transportou a urna no segundo dia de votação da 2.ª volta das eleições para Associação Académica de Coimbra (AAC), que decorreu a 02 e 03 de dezembro.

Samuel Vilela, líder da lista A (Mais Academia) que perdeu a segunda volta para a lista T (Tu Tens Académica), afirmou em tribunal que a “discrepância de votos na urna 17, de uma volta para a outra”, levou a uma “suspeita” de irregularidades nessa mesma urna, situada na Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra (FMUC).

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Enquanto testemunha, o candidato da lista A afirmou que faltavam “33 boletins de voto”, antes da segunda volta, do total de 12.000 impressos, sendo que, numa recontagem dos boletins de votos sobrantes, após o final das eleições, “não foram encontrados 141”.

O antigo vice-presidente da AAC alegou irregularidades nessa mesma urna, por esta ter sido transportada para a FMUC, no dia 03 de dezembro, apenas por um membro da lista T, que “saiu às 09:30 do edifício da AAC e chegou às 10:15 à faculdade”.

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O advogado da AAC, Magalhães Silva, recordou que “no dia 04 de dezembro foi proposta a recontagem e que Samuel Vilela recusou”.

Rui Brandão, presidente da comissão eleitoral, acredita que “não aconteceu qualquer alteração dos boletins de votos entre a AAC e a FMUC” por parte do membro da lista T, sublinhando que as urnas são “seladas com fita adesiva e lacradas”, no fecho de cada dia de votação, sendo uma prática corrente nas eleições desta instituição.

O responsável da comissão eleitoral frisou ainda que a atual providência e consequente anulação da tomada de posse do candidato vencedor, Bruno Matias, levou “a uma paralisação da vida institucional da AAC”.

O presidente da comissão eleitoral, seis membros da lista derrotada, incluindo Samuel Vilela, e quatro membros da lista vencedora testemunharam em tribunal, perante a juíza Fernanda Almeida.

João Pestana, membro da lista A e presente na urna 17, considerou que “seria possível retirar a patilha que fecha a ranhura” sem com isso retirar a fita adesiva, apesar de admitir que “não apontou nenhuma alteração à urna” na ata dessa mesa de voto.

Ana Sofia Rito, também membro dessa mesma lista na urna em questão, disse ter visto “a patilha de segurança da boca da urna em cima da tampa e sem adesivo a tapá-la”, no dia 03 de dezembro.

Observação contestada pela testemunha Rita Andrade, da lista adversária e presente na mesa de voto, que afirmou que a urna, antes da abertura da mesa na manhã de dia 03, estava “cintada a adesivo e lacrada nas extremidades da mesma fita adesiva”.

Esse membro da lista T afirmou ter olhado “com atenção” para a mesma urna, quando questionada pelo advogado da lista derrotada, Luís Manuel Santos.

Os estudantes da AAC aprovaram, em fevereiro, a moção de legitimação para a continuidade da atual direção-geral, depois ter sido suspensa a tomada de posse de Bruno Matias, após a providência cautelar apresentada por Samuel Vilela.

A instabilidade na AAC já levou à demissão do vice-presidente Luís Filipe Silva da atual direção-geral e de um elemento do Conselho Fiscal, Carolina Rocha.

Bruno Matias, candidato pela lista T, venceu a segunda volta das eleições com 4.571 votos, contra os 4.224 (44%) de Samuel Vilela, que tinha vencido a primeira volta com 4.216 votos.

 

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