A presidente da Associação de Aposentados, Pensionistas e Reformados (APRe!), Maria do Rosário Gama, afirmou hoje estar preocupada e desagradada com um aumento das pensões “muito abaixo” do que aquilo que a lei prevê.
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“Este ano, os aumentos previstos para as pensões são muito abaixo daquilo que a lei prevê. A lei prevê aumentos de acordo com o valor da inflação e a lei foi suspensa exatamente no ano em que não nos ia prejudicar”, afirmou a dirigente, que falava aos jornalistas na sede da associação, em Coimbra, após ter tido uma reunião com a coordenadora do Bloco de Esquerda, Catarina Martins.
Para além de uma atualização inferior ao previsto na lei, Maria do Rosário Gama apontou para o facto de “os funcionários públicos serem aumentados em 5,1%, quando os pensionistas o máximo que têm é de 4,53%”.
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“Esta situação desagrada-nos”, disse, referindo que, na sexta-feira, a APRe! irá entregar uma carta ao primeiro-ministro a manifestar esta e outras preocupações sentidas pelos pensionistas.
A presidente da associação salientou ainda que o aumento extraordinário no valor de meia pensão anunciado em setembro foi “um presente envenenado”.
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“Neste momento, as pessoas recebem e ficam satisfeitas, porque o nível de vida está impossível”, notou.
Para Maria do Rosário Gama, o Orçamento do Estado para 2023 também “é enganador” quanto à redução dos custos de energia, considerando que a redução do IVA na eletricidade levará a “uma poupança, no máximo, de um euro por mês”.
“Vem aí o inverno, vêm noites longas e muito frias e ainda vão ser mais frias porque as pessoas não vão poder ligar os seus aparelhos elétricos”, vincou.
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