Desporto
2025: Mortes de Diogo Jota, Pinto da Costa e Jorge Costa abalam futebol nacional
Imagem: beIN-SPORTS-France
As mortes dos ex-internacionais Diogo Jota e Jorge Costa e de Pinto da Costa, antigo presidente do FC Porto, comoveram o futebol português em 2025, que viu ainda o empresário Joaquim Oliveira e o olheiro Aurélio Pereira falecerem.
Quase um mês depois de ter ajudado a seleção nacional a conquistar a Liga das Nações frente à campeã europeia Espanha – juntando-a ao título de campeão inglês vencido pelo Liverpool – o dianteiro Diogo Jota perdeu a vida em julho, num acidente de carro em solo espanhol, que também vitimou o seu irmão André Silva, avançado do Penafiel, da II Liga.
Jota, de 28 anos, preparava-se para a sexta época nos ‘reds’, pelos quais venceu quatro troféus, mas não sobreviveu – a exemplo de André, de 25 – e deixou viúva a esposa Rute Cardoso, com quem havia casado 11 dias antes, já depois do nascimento dos três filhos.
A morte dos dois irmãos foi muito mediatizada na imprensa e recebida com comoção por figuras portuguesas e internacionais do futebol, da política e da música, entre outras, que assistiram às cerimónias fúnebres, em Gondomar, tendo as homenagens continuado nos meses seguintes, sobretudo junto ao estádio do Liverpool, onde foi erguido um memorial.
O Liverpool retirou a camisola ‘20’ de todas as suas equipas, num dos diversos tributos a Diogo Jota, que costumava utilizar aquele número no clube e tinha chegado a Anfield em 2020, participando na temporada passada na conquista do 20.º título de campeão inglês.
Vencedor de duas Ligas das Nações com Portugal, num total de 14 golos em 49 jogos, o dianteiro atuou ainda como sénior nos também ingleses do Wolverhampton, no Paços de Ferreira e no FC Porto, que se despediu este ano de duas das suas maiores referências.
Jorge Nuno Pinto da Costa morreu em fevereiro, aos 87 anos, vítima de cancro, cerca de 10 meses depois da derrota nas eleições do clube frente ao antigo treinador André Villas-Boas, por quem foi apelidado de o “presidente dos presidentes”, após se ter notabilizado como dirigente mais titulado e antigo do futebol mundial de 1982 a 2024, com 69 a nível sénior, incluindo sete internacionais – ao todo, festejou 2.591 troféus em 21 modalidades.
Por respeito ao pedido solicitado em vida pelo seu antecessor – cuja morte não mereceu reações institucionais dos rivais lisboetas Benfica e Sporting – Villas-Boas esteve ausente do funeral, que chamou centenas de personalidades do desporto e de outros quadrantes sociais e evocou uma figura influente na afirmação da cidade do Porto e da região Norte.
Os adeptos do FC Porto criaram um memorial em redor do Estádio do Dragão, tal como aconteceria em agosto, quando o ex-defesa central e capitão Jorge Costa morreu aos 53 anos, após se sentir mal no centro de estágios do clube, no Olival, em Vila Nova de Gaia.
Com 50 encontros e dois golos pela seleção nacional, o campeão mundial de sub-20 em 1991 dirigia o futebol profissional dos ‘dragões’, pelos quais venceu 21 troféus de 1992 a 2005, destacando-se oito edições da I Liga, uma Liga dos Campeões e uma Taça UEFA.
O futebol nacional viu partir também Joaquim Oliveira, de 78 anos, que era presidente do conselho de administração da Olivedesportos e do canal televisivo SportTV, num trajeto assente na promoção dos direitos televisivos, da publicidade e do marketing do desporto.
Menos um ano tinha Aurélio Pereira, responsável pelo departamento de recrutamento do Sporting, com o qual revelou jogadores como Paulo Futre, Luís Figo e Cristiano Ronaldo.
Em 2025, o futebol português despediu-se ainda de Artur Santos (94 anos), Morato (88), Cruz (85), José Carlos (83), Osvaldinho (79) e Baltazar (77), todos ex-internacionais ‘AA’.
Manuel Sérgio desapareceu aos 91 anos, após ter sido professor universitário, deputado, filósofo e autor de obras sobre desporto e motricidade humana, enquanto, no hóquei em patins, Júlio Rendeiro, que jogou no Sporting e comandou a seleção lusa, morreu aos 83.
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