Saúde

1 em cada 4 pessoas morre por trombose. Conheça as causas e os sintomas

NOTÍCIAS DE COIMBRA | 12 meses atrás em 16-05-2023

A trombose é um problema bem mais comum do que se pensa. Cerca de uma em cada quatro pessoas acaba por morrer em consequência desta doença, alerta a farmacêutica Rita Teixeira.

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“A trombose não é mais do que um coágulo sanguíneo que circula no local errado, podendo vir a bloquear ou prejudicar o fluxo de sangue de uma determinada zona, ou mesmo um órgão. É um problema grave, que afeta grande parte da população e, por isso, é importante que se mantenha atento e saiba quais as principais causas e sintomas desta doença, bem como algumas medidas preventivas que pode adaptar à sua vida”, explica.

Quando este coágulo se liberta, num fenómeno chamado de embolia, pode atingir o coração, pulmões ou qualquer veia do organismo, impedido assim a circulação do sangue nessa zona, acrescenta a profissional no site Vida Ativa.

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Por vezes, algumas regiões do organismo, ou mesmo órgãos, ficam sem irrigação. “A sua ausência pode causar dor e inchaço e, quando não tratado a tempo, leva a complicações graves, como por exemplo embolia pulmonar, gangrena venosa, amputação ou mesmo a morte. Este problema, apesar de não ser específico de nenhum género, afeta maioritariamente as mulheres, especialmente na faixa etária entre os 20 e os 40 anos, devido a maior exposição a certos fatores de risco”, indica.

10 principais fatores de risco:

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Tal como em quase todas as doenças, existem alguns fatores de risco que, tal como o nome indica, aumentam o risco de sofrer uma trombose. No entanto, ter um destes fatores de risco não o torna automaticamente susceptível de desenvolver este problema. Deve, no entanto, manter-se mais atento e estar familiarizado com a doença.

Idade: São as pessoas com mais de 60 anos que sofrem mais com este problema, sendo que pode acontecer a qualquer pessoa, apesar de os jovens representarem uma minoria no total de casos, conta a farmacêutica Rita Teixeira.

Pílula anticoncepcional: A pílula exerce efeitos negativos na coagulação sanguínea, levando a que mulheres que fazem esta reposição hormonal tenham mais risco de sofrer uma trombose do que mulheres que não fazem. Assim, as mulheres que façam reposição hormonal e tenham mais de 60 anos, correm um risco maior de sofrer problemas deste tipo.

Repouso: “O risco de produzir coágulos aumenta quando permanece sentado ou deitado por muito tempo. O facto das pernas se manterem na mesma posição durante muito tempo, faz com que os músculos não sofram contrações, dificultando a circulação sanguínea o que pode provocar a formação de coágulos”, refere.

Gravidez: O corpo ao sofrer uma adaptação às novas alterações, como o aumento da pressão nas veias da pélvis e da perna, leva à formação de coágulos com mais facilidade.

Cirurgias: “Quando se passa por uma intervenção cirúrgica, as vias e artérias acabam por sofrer algumas alterações, aumentando a formação de coágulos. Também a anestesia, uma prática comum na maior parte das cirurgias, é uma forte inimiga da formação destes, uma vez que facilita a coagulação”, afirma.

Obesidade: Excesso de peso e a acumulação de gordura levam a uma maior pressão nas paredes das veias, dificultando a passagem do sangue. 

Problemas de saúde: Hipertensão, colesterol alto, aterosclerose, diabetes, infeções gastrointestinais, insuficiência cardíaca, cancros ou mesmo alguns tratamentos, facilitam a coagulação devido à presença de determinadas substâncias na corrente sanguínea. 

Varizes: Quem tem facilidade em ganhar varizes têm de ter mais cuidado uma vez que estas provocam uma diminuição da velocidade do fluxo sanguíneo nas veias dilatadas. Esta variação no fluxo, favorece a formação de coágulos sanguíneos.

Genética: Algumas famílias possuem uma desordem que facilita a coagulação sanguínea – hipercoagulabilidade, por si só não desenvolve este problema, no entanto, quando associado a outros fatores de risco, pode ser preocupante.

Tabagismo: O fumo e a nicotina afetam a circulação sanguínea, interferindo na coagulação.

Há dois tipos de trombose: a venosa e a arterial. A trombose venosa, segundo explica a farmacêutica, é o tipo mais comum e são responsáveis pelo maior número de complicações e mortes. Estas ocorrem quando o coágulo de sangue se deposita numa veia, bloqueando-a.

Trombose arterial, este tipo é mais raro, e tal como o nome indica, ocorre quando o coágulo bloqueia uma artéria, e não uma veia. Apesar de raras, são as principais causadoras dos acidentes vasculares cerebrais (AVC) e enfartes do miocárdio (uma das principais causas de morte em todo o mundo).

Deve estar atento a possíveis sintomas e sinais. Tais como: “inchaço repentino numa determinada região, dor ou sensação de peso, vermelhidão, sensação de calor, dificuldade em mover ou rigidez na musculatura, mudança do estado mental, fraqueza ou paralisia de um lado do corpo”.

Deve prevenir-se, por isso, ficam os fatores de risco: “Praticar exercício físico, não fumar, evitar o excesso de bebidas alcoólicas, manter uma alimentação variada, equilibrada e um peso adequado à sua estatura e dentro do IMC”, bem como “se tiver que viajar, ou manter-se sentado muitas horas seguidas, não se esqueça de utilizar roupa e calçado confortável, que não pressione as pernas, tentar esticar as pernas pelo menos de 2 em 2 horas, mesmo que isso implique dar só alguns passos dentro do mesmo local ou, em alternativa, utilizar meia de compressão e beber pelo menos 1,5L de água por dia”, conclui.

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