A exposição “Uma nova coleção na cidade: pintores portugueses da segunda metade do século XX” é inaugurada às 17:00, do próximo sábado, dia 4 de julho, na Sala da Cidade, no âmbito das comemorações das Festas da Cidade de Coimbra 2015.
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Trata-se de uma exposição que revela uma parte da coleção de arte contemporânea adquirida pelo Município de Coimbra, em 2014, ao casal Telo de Morais, que abrange os mais relevantes autores da pintura portuguesa da segunda metade do século XX e inícios do século XXI. Um espólio constituído por 260 obras, das quais foram selecionadas 59 para esta exposição que se apresenta, pela primeira vez, ao público.
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A escolha das obras teve como princípio orientador mostrar os protagonistas das ruturas artísticas que marcaram a segunda metade do século XX, incidindo nos que influenciaram e mais se destacaram nas décadas de 50/ 60/ 70 e 80.
Uma rutura formal e ideológica com o primeiro movimento modernista em Portugal, assimilado pelo regime nacionalista, sob a influência determinante de António Ferro, afirmou-se lentamente no panorama artístico português após a II Guerra Mundial. Nos anos 50 assiste-se a uma separação entre o gosto oficial e uma vanguarda artística, que se exprimia através de diferentes movimentos como o surrealismo, o neorrealismo, o neoplasticismo, o novo realismo, a pop art, a arte abstrata, etc.
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Os artistas representados nesta coleção foram responsáveis por vários destes movimentos e, muitas vezes, formaram grupos (como por exemplo os KWY ou os Quatro Vintes) que, através da provocação estética e ideológica, visavam a atualização e a integração da arte portuguesa nas novas correntes internacionais.
Expõem-se, também, 14 números da revista “Colóquio Artes”, editada pela Fundação Calouste Gulbenkian que, em conjunto com a construção do Centro de Arte Moderna (CAM), nos anos oitenta, foram determinantes para a divulgação e a reflexão artística em Portugal nessa segunda metade do século XX.
A exposição inclui um elenco de artistas que constituem verdadeiras referências na evolução da história da arte contemporânea portuguesa dos últimos sessenta anos, pelo papel decisivo que tiveram. Os pintores expostos são os seguintes:
Albuquerque Mendes; Alice Jorge; Álvaro Lapa; Ana Hatherly; Ana Vidigal; Ângelo de Sousa; António Areal; António Charrua; António Dacosta; António Palolo; António Pimentel (Tópi); António Quadros; António Ramos Rosa; Armando Alves; Artur Bual; Carlos Calvet; Costa Pinheiro; Cruz Filipe; Cruzeiro Seixas; Eduardo Batarda; Eduardo Nery; Espiga Pinto; Eurico Gonçalves; Fernando Azevedo; Fernando Calhau; Fernando Lemos; Guilherme Parente; Helena Almeida; Isabel Laginhas; João Dixo; João Vieira; Joaquim Bravo; Joaquim Rodrigo; Jorge Martins; Jorge Pinheiro; Jorge Vieira; José Escada; José Rodrigues; Julião Sarmento; Júlio Pomar; Júlio Resende; Leonel Moura; Lourdes Castro; Manuel Baptista; Manuel Cargaleiro; Manuel Casimiro; Marcelino Vespeira; Maria Helena Vieira da Silva; Mário Cesariny; Matilde Marçal; Menez; Nadir Afonso; Nikias Skapinakis; Noronha da Costa; Paula Rego; René Bertholo; Rogério Ribeiro; Rolando Sá Nogueira; Teresa Magalhães.
A exposição estará patente ao público até ao dia 10 de outubro de 2015, de terça-feira a sábado, das 13h00 às 18h30.
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