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BE elege Coordenadora Concelhia de Coimbra

Notícias de Coimbra | 7 anos atrás em 17-11-2016

Foi eleita uma nova Coordenadora Concelhia de Coimbra do Bloco de Esquerda (BE).

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BLOCO DE ESQUERDA

 

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Com um mandato de dois anos,a Concelhia de Coimbra é constituída por Catarina Caldeira Martins, Serafim Duarte, Helena Loureiro, José João Lucas, António José André, Catarina Agreira, Sílvia Ferreira, Jorge Martins, Fabrice Schurmans, Mariana Garrido, Joaquim Rodrigues e Manuela Nobre.

Eis a Moção apresentada:

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Encontramo-nos hoje numa situação inusitada: o BE participa, na Assembleia da República, onde voltou a ter representação distrital, na maioria de suporte ao governo liderado por um partido socialista minoritário, que tem travado a escalada de empobrecimento dos anos anteriores; em Coimbra, o BE participa na candidatura cidadã alargada, que obteve representação em 6 freguesias, na Assembleia Municipal e na Câmara Municipal; a nossa deputada europeia é uma voz relevante, apesar de singular, no Parlamento Europeu. Motivos de júbilo, que não devemos deixar que a apreensão esmoreça.

Tal decorreu, entre outras circunstâncias, da votação significativa nas nossas candidaturas, nomeadamente nas legislativas e presidenciais. Esse crescimento nas votações e a assunção de responsabilidades no apoio ao Governo, dão-nos maior visibilidade e maior responsabilidade.

A estrutura organizativa e a implantação local do BE precisam de ser melhoradas para respondermos adequadamente a essa responsabilidade acrescida.

O equilíbrio frágil da solução governativa está permanentemente ameaçado pela instável concertação de agendas e vaidades, por uma direita ressabiada que domina a comunicação social e, sobretudo, pela pressão do grande capital financeiro, designadamente através dos seus agentes, em Bruxelas, para quem Portugal é um exemplo perigoso a abater.

A máquina oculta do capital especulativo atropela instituições democráticas e a soberania dos povos, controlando o discurso unidimensional, desprezando as escolhas democráticas legítimas. O crescimento generalizado da direita xenófoba, contrário à equidade e à solidariedade, constitui um fenómeno preocupante, que exige a nossa atenção e o desenvolvimento de políticas inclusivas.

Em Portugal, o enorme peso de uma dívida externa asfixiante dificulta o crescimento económico e a criação de emprego e compromete o futuro a um prazo demasiado longo.

A frustração, manipulável por retóricas populistas, pode conduzir à descrença na democracia e nos valores republicanos. O desânimo tem de ser combatido pela convicção de que o fortalecimento da participação democrática, não sendo panaceia, está longe de ser irrelevante na luta pela dignidade, constituindo alavanca fundamental para alternativas.

Em Coimbra, a atividade do BE, nos próximos 2 anos, deve orientar-se para o reforço organizativo e a implantação local, com especial atenção ao esclarecimento político que combata o discurso da direita. Será necessário apoiar os/as deputados/as e com eles/as articular iniciativas, tal como articular localmente, a agenda política nacional.

A nível concelhio, a tarefa prioritária será a preparação das próximas eleições autárquicas.

Empenhar-nos-emos na participação na candidatura alargada de cidadã(o)s que dê continuidade aos aspectos positivos da candidatura dos Cidadãos por Coimbra (CpC), alargando-a, dentro do possível, a mais freguesias. Será desejável reforçar o apoio e a coordenação dos/as eleitos/as e estimular a participação regular de todos/as os/as integrantes nas listas.

Na relação com movimentos sociais e de cidadã(o)s, o BE sempre recusou o sectarismo, privilegiando uma atitude de franco e aberto diálogo, na procura do que é essencial: a máxima convergência programática, mobilizadora da cidadania e da ação política, numa relação de confiança e de respeito pelas diferenças. Esta é a linha de rumo que adotamos no CpC e pela qual continuaremos a pautar a nossa intervenção.

Assim, os/as nossos/as eleitos/as e militantes continuarão a procurar constituir-se como fortes esteios da ação política, no âmbito da candidatura alargada de cidadã(o)s, contribuindo de forma ativa para a construção e implementação do seu programa de ação.

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