Justiça

Worldcoin em Coimbra de portas abertas. Placa na entrada alerta para “problemas técnicos”

António Alves | 1 mês atrás em 26-03-2024

Em Coimbra, o “quiosque” da Worldcoin continua esta terça-feira, 26 de março, de portas abertas. A loja situada no número 172 da rua Simões de Castro (junto à rotunda da Cindazunda) foi visitada por muitos jovens que, apesar de terem marcação feita, não puderam fazer a recolha de dados biométricos da íris e rosto “devido a problemas técnicos”.

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Ao quinto dia de portas abertas, é a segunda vez que o espaço da Worldcoin em Coimbra apresenta problemas técnicos. A primeira situação ocorreu na abertura (sexta-feira, 22 de março) e durou até meio da tarde desse dia.

Esta terça-feira, 26 de março, o papel voltou a ser colocado na porta de entrada do estabelecimento, omitindo desta forma a ordem dada esta manhã pela Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) à Worldcoin Foundation da suspensão por 90 dias da recolha dos dados.

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No período em que o Notícias de Coimbra esteve junto à entrada do “quiosque” (como chama a fundação aos seus espaços) de Coimbra, foram alguns os jovens que entraram no espaço para fazer a recolha dos dados, acabando os funcionários por explicar que devido a esses problemas não era possível fazer o respetivo registo.

Aliás, é mesmo solicitado que façam o reagendamento através da aplicação de telemóvel World ID, ferramenta necessária para proceder ao registo e para acompanhar a evolução da sua conta.

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Veja o Direto Notícias de Coimbra no “quiosque” de Coimbra

Recorde-se que a decisão da CNPD assenta na salvaguarda do direito à proteção de dados pessoais, especialmente de menores.

A adoção desta medida provisória urgente surge na sequência de “largas dezenas de participações” recebidas na comissão nacional no último mês, dando conta da recolha de dados de menores de idade sem a autorização dos pais ou outros representantes legais, bem como de deficiências na informação prestada aos titulares, na impossibilidade de apagar os dados ou revogar o consentimento.

A empresa começou há meses, em diversos países, a fazer imagens digitais da íris de pessoas que voluntariamente se submeteram a esse registo em troca de uma compensação em criptomoedas (uma moeda virtual usada na internet) equivalente a cerca de 70 euros.

Atualizado às 15:15 com esta declaração:

Jannick Preiwisch, Responsável pela Proteção de Dados na Worldcoin Foundation, declara que “A Worldcoin está em total conformidade com todas as leis e regulamentos que regem a recolha e transferência de dados biométricos, incluindo o Regulamento Geral de Proteção de Dados da Europa. A Worldcoin Foundation tem o maior respeito pelo papel e responsabilidades das autoridades de proteção de dados, incluindo a CNPD em Portugal. Desde que oferecemos serviços de verificação de humanidade em Portugal, temos sido completamente transparentes e disponíveis para responder às questões ou preocupações da CNPD. O relatório da CNPD é o primeiro contacto que temos da parte deles sobre muitos destes assuntos, incluindo o tema de verificações por menores em Portugal, para o qual temos tolerância zero e estamos a trabalhar para resolver em todas as instâncias, mesmo que sejam poucas situações”.

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