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“Voz dos Avós da Nascente até à Foz” estreia em Arganil

Notícias de Coimbra | 9 meses atrás em 11-08-2023

Encerrado para Obras, companhia profissional de teatro e música tem o prazer de anunciar a estreia da sua 50ª produção, o projeto Voz dos Avós da Nascente até à Foz.

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Projeto de Arte e Envelhecimento ativo apoiado pela D.G. das Artes e Santa Casa da Misericórdia de Lisboa, teve por base uma vasta recolha de histórias realizada junto da população sénior dos 7 concelhos banhados pelo rio Ceira, dando azo à criação de uma obra fonográfica com doze canções originais dos cantautores David Cruz e João Francisco e da poetisa Maria Laranjeira, uma exposição de pintura pelos utentes da Associação Nacional de Apoio ao Idoso, uma exposição de fotografia com obras da fotógrafa Cláudia Santos e um filme com autoria do videasta Pedro Homem.

Ao todo, no decurso do projeto, terão sido realizadas cerca de 60 sessões de trabalho com a população idosa, abrangendo cerca de 1.200 pessoas. Cerca de 80 seniores participaram de forma mais ativa, integrando os coros das canções no disco.

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O lançamento do disco e do filme, bem como a inauguração das exposições, têm lugar a 11 de Agosto de 2023, pelas 21h30, na Praça Simões Dias, em Arganil, concelho onde nasce o rio Ceira. De seguida, concerto, filme e exposição irão circular pelos vários concelhos até dia 23 de Setembro, data do último concerto, que terá lugar em Ceira, localidade onde o rio deságua no Mondego.

Em palco estarão 4 experientes e talentosos instrumentistas, Amadeu Magalhães, David Cruz, João Balão e João Francisco, aos quais se juntam as vozes principais de Cláudia Santos e Fabiana Coimbra e os coros de Dora Coimbra, Maria João Santos, Maria Laranjeira e Margarida Oliveira. Em cada concelho, participarm ainda nos coros de 4 canções alguns dos seniores registados no disco.

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A Voz dos Avós foi a nascente deste rio que ora chega à foz: são 12 canções originais, temas que constituem outros tantos retratos da vida dos nossos antepassados, vidas feitas de trabalho, de alegrias e tristezas, marcadas por uma íntima relação com a terra e por um forte espírito comunitário. Contrariando a fragmentação social, a efemeridade, o imediatismo e o egocentrismo que caracterizam os nossos dias, neste projeto procurámos estabelecer uma ponte entre passado, presente e futuro, bebendo das memórias do povo a inspiração para juntos construirmos, através da Arte, a nossa identidade futura.

Um povo sem história é um povo votado ao esquecimento, é um povo sem futuro, Esperemos que esta obra possa contribuir para transmitir às gerações mais jovens aquilo que fomos. Esperemos ainda que os poderes públicos continuem a apoiar a nossa missão, contribuindo para corrigir as tão faladas assimetrias regionais. Relembrando as palavras do nosso irreverente poeta, “Lisboa é paisagem, o resto é Portugal”. Pois bem, nós que vivemos no interior, achamos a paisagem muito mais bonita. Num tempo em que a chamada gentrificação define a nossa Capital, atrevemo-nos a reescrever as palavras do Bocage: “Lisboa é paisagem, o resto é Portugal”.

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