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Política

Voto na Iniciativa Liberal é o único que garante que PS sai do poder e que Chega não entra

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 ano atrás em 05-02-2023

O novo presidente da Iniciativa Liberal (IL) defende que o voto nos liberais é “o único” que “garante que o PS sai do poder e que o Chega não entra” e desafia o PSD a abrir o jogo sobre entendimentos pós-eleitorais.

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Em entrevista à agência Lusa duas semanas após ter sido eleito presidente da IL numa convenção tensa e dividida, Rui Rocha assume que a “imagem do partido beneficiaria se, em alguns momentos, a discussão tivesse sido um pouco mais ponderada”, apesar de considerar que não é num fim de semana que se define o partido, mas sim em todo o trajeto já feito e na ação política futura.

Sobre eventuais coligações pós-eleitorais, o novo líder da IL enfatiza a importância da clareza e da “lealdade democrática”, defendendo que os liberais têm sido claros no seu posicionamento: uma via de entendimento com o PSD mas sem “qualquer participação de partidos extremistas”.

“Aquilo que resulta é que, neste momento, com as posições conhecidas, o voto na Iniciativa Liberal é o único voto que garante que o PS sai do poder e que o Chega não entra no poder”, defende.

Rui Rocha explica que tem tido preocupação de ser “muito claro” desde já sobre “quais são os pontos essenciais para um possível entendimento” depois das eleições com o PSD e que por isso mesmo será preparado “nos próximos tempos um caderno de encargos” com as condições dos liberais.

Desse caderno de encargos com as “matérias decisivas para um eventual entendimento”, adianta o liberal, fará parte o sistema eleitoral, a redução da carga fiscal, a redução da despesa pública em percentagem do PIB, as questões constitucionais, a liberdade de escolha na saúde e na educação, e a desburocratização.

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“Nós também tivemos, na semana que termina, um congresso em que o Chega disse que quer lugares no Governo para apoiar algum tipo de entendimento com o PSD. E, portanto, há aqui desde logo uma diferença: nós situamo-nos nas ideias, outros situam-se nos cargos, independentemente das ideias. Não é essa a forma de fazer política da Iniciativa Liberal”, compara.

A clarificação de alguns, segundo Rui Rocha, coloca duas perguntas no sistema político português, a primeira das quais ao PSD: “o que é que faz? O que é que vai fazer relativamente a possíveis entendimentos?”

“Mas há também uma pergunta muito importante a fazer ao PS: se vai ou não, se for esse o caso, fazer entendimentos com o PCP, com um partido que tem uma posição, nomeadamente do ponto de vista dos direitos humanos, da guerra da Ucrânia, absolutamente indefensável, para além de uma visão de democracia que é precisamente antidemocrática”, questiona.

Segundo o também deputado da IL, o partido “não descarta idas para o Governo num determinado contexto”, mas considera que esse não é o ponto essencial.

“O que nós queremos é mesmo transformar o país e, portanto, queremos que as ideias de transformação, o tal caderno de encargos de que falamos, seja o centro da discussão política que vamos ter num cenário de eventual entendimento”, explica.

Se depois, “para assegurar a implementação dessas ideias, for melhor para o país que a Iniciativa Liberal esteja no governo”, o partido assumirá as suas responsabilidades, assegura Rui Rocha.

“Se isso não for um tema determinante, se para o país for melhor outro tipo de solução também cá estaremos para assumir as nossas responsabilidades”, refere.

Tendo já feito criticas ao PSD na moção de estratégia global e desafios a Luís Montenegro no discurso de encerramento da convenção, o presidente da IL afirma que “os portugueses reconhecem historicamente o PSD como um partido que, lá atrás, chegou a ser um partido reformista”.

“O problema é que está cada vez mais lá atrás e aquilo que eu tenho dito é que a Iniciativa Liberal é um partido que vai ter, como tem tido, a coragem e a audácia de apresentar aos portugueses uma visão de país completamente diferente. Não vamos esperar por ninguém. Gostaríamos que o PSD fizesse esse caminho de retomar essa sua visão reformista, mas é uma questão sobre a qual eu só posso fazer desafios, não posso fazer mais do que isso”, disse.

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