Nos últimos dias, têm surgido relatos preocupantes de pessoas que receberam visitas inesperadas em suas casas, com indivíduos que se apresentam como sendo “da luz”.
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Esses “visitas da luz” seguem sempre um script muito parecido: começam com falas vagas, como “tem algo pendente” ou “viemos ajudar a regularizar o seu contrato”, e logo começam a pressionar. Eles falam de datas-limite e possíveis consequências financeiras, deixando no ar que algo ruim pode acontecer se a pessoa não agir rapidamente.
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É aqui que muitos acabam sendo enganados. Na verdade, nenhuma empresa de eletricidade faz esse tipo de abordagem porta-a-porta para resolver contratos. Não há multas por não regularizar nada à porta de casa, e a E-REDES, que é a responsável pela rede elétrica, não visita as residências para tratar de faturação ou questões contratuais.
Se de fato houvesse algum problema com o seu contrato de eletricidade, a empresa entraria em contacto de forma oficial: por carta, e-mail identificado ou diretamente na fatura. Nunca de forma repentina e pressionando a pessoa a tomar decisões imediatas, explica o site Leak.
O verdadeiro objetivo dessas visitas não é ajudar, mas sim tentar vender algo de forma agressiva. Muitas vezes, a intenção é convencer a pessoa a mudar de comercializador sem perceber, ou até recolher dados para iniciar o processo mais tarde. Solicitar números do contador ou pedir para “confirmar uma fatura” são algumas das táticas utilizadas.
É importante frisar: a tal “multa” que mencionam não existe. Não há penalizações legais por não trocar de operador de energia, nem qualquer obrigação relacionada com visitas domiciliárias. As datas-limite, como 31 de dezembro, são apenas para criar urgência e forçar decisões apressadas.
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