Região

Viseu adia eventos numa medida pró-ativa de prevenção

Notícias de Coimbra | 3 anos atrás em 01-07-2021

A presidente da Câmara de Viseu assumiu hoje que as medidas implementadas desde quarta-feira, como o reforço de fiscalização e adiamento de eventos, são “pró-ativas, de prevenção”, dado o crescimento “exponencial” de casos no concelho.

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“O objetivo destas medidas não é alarmar as pessoas, mas sim para, acima de tudo, sensibilizar, porque o município se viu confrontado com uma evolução muito rápida dos casos, um aumento exponencial, o que nos levou a ter medidas pró-ativas, de prevenção”, justificou Conceição Azevedo.

Da reunião da comissão municipal da proteção civil (CMPC) de quarta-feira, a Câmara implementou medidas a serem aplicadas de imediato, como, por exemplo, o reforço das ações de fiscalização, acompanhamento e policiamento de “zonas e atividades consideradas especialmente críticas” e o “adiamento de todas as atividades e/ou eventos no âmbito do ‘Verão na Cidade-Jardim’ ou outras iniciativas, que não disponham de controlo de acessos”.

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“Apercebemo-nos de que havia esplanadas e outros locais, nomeadamente no centro histórico, em que dá a sensação que as pessoas estão um bocadinho à vontade ou acham que estamos num período em que podemos estar mais relaxados. Mas é um erro e o que estamos a verificar é exemplo disso”, apontou.

Assim, e “a título de exemplo”, os concertos previstos para acontecerem hoje, Samuel Úria, sexta-feira, Tilhon, e sábado, Virgul, “foram adiados para novas datas, não pelos concertos em si, porque esses cumpririam com todas as regras, mas pelo antes e depois que provoca aglomerações de pessoas”.

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“São adiados, porque ainda os queremos realizar, até porque estes eventos também acontecem porque queremos ajudar os promotores e a agentes culturais. Mas não agora, serão realizados noutras datas”, prometeu.

A autarca pediu, “acima de tudo, que as pessoas estejam sensíveis à pandemia que ainda não acabou” e que “cumpram as regras exigidas” pela Direção-geral da Saúde (DGS) e, “mesmo em esplanadas, mantenham a máscara, desinfetem-se e mantenham o devido distanciamento”.

Conceição Azevedo explicou ainda que, “nas iniciativas privadas, a Câmara de Viseu não toma decisões, até porque elas estão autorizadas por lei a acontecer, uma vez que o município não está classificado como concelho de risco”, e disse “acreditar que cumprirão com todas as regras”.

Presente na conferência de imprensa, o segundo comandante dos Bombeiros Sapadores de Viseu, da CMPC, Rui Nogueira, explicou que os números facultados pelo Centro Hospitalar Tondela-Viseu (CHTV) “dão algum conforto”, mas considerou que seria “oportuno e adequado tomar algumas medidas”.

“Os dados de ontem [quarta-feira], portanto até à última terça-feira, dizem que estavam internadas quatro pessoas, três em enfermaria e uma em cuidados intensivos. Os números dos novos casos também não alteram em nada o nível de risco do concelho, mas face à subida exponencial há o risco de isso acontecer dentro de duas a três semanas”, justificou.

Rui Nogueira lembrou ainda que “este é um combate em que não são precisos elementos de segurança ou bombeiros, é um combate que se faz com um comportamento e que depende de cada um dos cidadãos”.

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