O ex-vereador da Câmara de Coimbra António Vilhena declarou, esta segunda-feira, a NDC, que o líder concelhio do PS é “um tiranete”.
“O Partido Socialista reconhece aos seus membros liberdade de crítica e de opinião”, proclama o artigo terceiro dos Estatutos, mas o escritor e psicólogo foi arredado por Ricardo Lino dos “grupos oficiais” do PS de Coimbra no whatsapp.
Ao anunciar a sua decisão, o presidente da Comissão Política Concelhia (CPC) de Coimbra do PS indicou que “pode sair” dos mesmos fóruns quem se sentir incomodado com a medida.
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Para o antigo vereador, interpelado por NDC, Lino “esqueceu-se dos valores do Partido Socialista”. “O gesto diz muito de quem me excluiu”, opinou o escritor.
A causa próxima da decisão de Ricardo Lino é um artigo de opinião da autoria de Vilhena, intitulado “Carlos Cidade (falecido vereador) foi grande”.
Segundo António Vilhena, Carlos Cidade “não traía um camarada, procurava consensos, era inclusivo e tinha memória – muito diferente do que acontece, hoje em dia”, pois “a palavra não é honrada e a dissimulação é a verdade da mentira”.
Ao lamentar o desaparecimento de Carlos Cidade, antigo autarca e outrora líder concelhio do PS/Coimbra, o articulista diz que “o espaço foi ocupado por inábeis e gente sem palavra”.
Ricardo Lino escreveu para camaradas apontando “limites de decência” e opinando que “o comportamento” de António Vilhena “ultrapassou os limites”.
“Creio que não me excedi”, declarou a NDC o escritor, acrescentando que “talvez a retaliação tenha ficado a dever-se a outros pontos de vista”.
Para o ex-vereador, membro da Assembleia Municipal de Coimbra e antigo presidente da Mesa da CPC conimbricense do seu partido, a coligação ‘Avançar Coimbra’ “só tira votos ao Partido Socialista”.
“Farei campanha eleitoral pelo PS, à minha maneira, não ao lado de determinadas pessoas”, remata António Vilhena.
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