A Câmara Municipal de Vila Nova de Poiares aprovou a proposta de orçamento de 21,38 milhões de euros (ME) para 2026, divulgou a autarquia.
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A proposta de orçamento e as Grandes Opções de Plano para 2026, aprovada a 19 de dezembro, teve os votos favoráveis do movimento Poiares a Sério (PRS) e do PS e a abstenção do PSD.
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Em comunicado, o município afirmou que, do montante do orçamento, “cerca de 44,5% corresponde a despesa de capital, o que demonstra uma clara prioridade ao investimento estruturante e ao futuro do concelho”.
O Plano Plurianual de Investimentos representa um dos pilares centrais do Orçamento, com uma dotação de 8,78 ME, grande parte financiada por fundos comunitários, nomeadamente no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) e do programa Portugal 2030.
As transferências de capital provenientes de projetos cofinanciados atingem os 6,8 milhões de euros.
Segundo a mesma nota, o Executivo mantém “importantes investimentos” que vinham sendo projetados e implementados, como a requalificação do Centro de Saúde, o Parque Verde, a construção de habitação para alojamento urgente e temporário, como para arrendamento a custos controlados.
O executivo liderado por Nuno Neves, eleito pelo PRS, introduziu “algumas apostas” como a aquisição de maquinaria para reforço da capacidade de administração direta e, assim, reduzir custos na externalização de serviços, o apoio a estudantes no ensino superior e o reforço no apoio às instituições, nomeadamente a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Vila Nova de Poiares e as Juntas de Freguesia do concelho.
A proposta de orçamento “mantém e reforça uma forte componente social”, adianta esta autarquia do distrito de Coimbra.
A melhoria de arruamentos, infraestruturas e espaços públicos, a modernização de equipamentos e reforço da eficiência dos serviços municipais, e os demais projetos estruturantes nas áreas da educação, ação social e saúde, no âmbito da transferência de competências do Estado para os municípios, são também áreas de destaque no documento.
À agência Lusa, a vereadora do PS Lara Rodrigues de Oliveira justificou a votação a favor pelo facto de o Orçamento e as Grandes Opções do Plano serem “maioritariamente, se não exclusivamente, do Partido Socialista”.
“As obras, as estratégias e as políticas que estão traduzidas nos documentos são daquilo que ainda está em curso, maioritariamente candidaturas e investimentos de candidaturas que foram lançadas e que estão ainda em execução, física e financeira, e outras que ainda estão para saber de resultados de candidaturas que foram submetidas”, disse.
Segundo Lara Rodrigues de Oliveira, “não há nenhuma rubrica que traduza propriamente nenhuma medida do programa eleitoral do novo executivo em permanência”.
O vereador do PSD Miguel Soares justificou a abstenção do partido com o facto de ser “um orçamento da continuidade” do PS e de existirem pontos de que discordam, como o apoio ao investimento e às empresas.
“Nas áreas da política social, não há um aumento do apoio às entidades, às IPSS [instituições particulares de solidariedade social], que fazem esse trabalho social”, acrescentou.
“Não queríamos pôr em causa e dizerem que criávamos instabilidade e a possibilidade de não governabilidade da Câmara votando contra. Então, abstivemo-nos por não ser aquilo que nós defendemos”, apontou.
O documento será ainda discutido e votado na Assembleia Municipal de Vila Nova de Poiares, a 29 de dezembro.
A Assembleia Municipal conta com sete eleitos do PSD (seis deputados e um presidente de junta), sete do PRS (seis deputados e um presidente de Junta) e cinco do PS (três deputados e dois presidentes de junta).
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