O novo presidente da Câmara da Lousã afirmou hoje que quer um município sustentável, coeso e com qualidade de vida, prometendo vários investimentos na Serra da Lousã que considera ser a identidade do concelho.
Na cerimónia de tomada de posse, que decorreu hoje ao final da tarde no Teatro Municipal da Lousã, Victor Carvalho (PSD/CDS-PP) considerou que hoje é o começo “de um novo ciclo e de uma nova etapa” para o concelho, depois de ter conquistado o município ao PS, que liderava a Câmara há 43 anos.
Durante o seu discurso, o novo autarca defendeu que a Serra da Lousã “é mais do que paisagem”, sendo a identidade do concelho e um dos seus maiores ativos, comprometendo-se a consolidar e valorizar essa marca, com um turismo sustentável que promova a gastronomia local e a natureza.
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Para isso, propõe criar um centro interpretativo da Serra da Lousã, avançar com vários polos de atividades lúdicas, como um campo de míni golfe temático e um parque de arborismo e iniciar o projeto para a criação de um centro de alto rendimento para desportos de montanha (como o BTT e o trail).
Na vertente da floresta e da agricultura, Victor Carvalho comprometeu-se a criar um gabinete de inovação agroflorestal, um orçamento participativo sustentável, hortas comunitárias, promoção do cadastro, incentivo da plantação de espécies autóctones e promoção de microbosques.
Uma rede de ciclovias que interliguem as praias fluviais e zonas de lazer do concelho e um campo de férias para crianças e jovens (que quer implementar já em 2026) foram outros dos compromissos que assumiu.
Victor Carvalho, que foi vereador na oposição no anterior mandato, disse que pretende gerir o município “com humildade e diálogo”, querendo ouvir e envolver a oposição, pedindo a esta para ajudar o executivo a construir “uma Lousã melhor”.
“Que sejam tão responsáveis como nós fomos no passado, porque o nosso objetivo é comum”, vincou.
O novo presidente daquele concelho do distrito de Coimbra afirmou que pretende também atuar em matérias como as ligações rodoviárias e a utilização plena das instalações de saúde no concelho, entre outras.
Quase no final do seu discurso, Victor Carvalho deu ainda uma nota de reconhecimento ao executivo cessante, liderado por Luís Antunes (PS), que cumpriu o terceiro mandato consecutivo, considerando que “foi um privilégio fazer parte dessa equipa”.
“Foram mais as vezes em que convergimos do que divergimos. O vosso contributo para a Lousã não será esquecido”, frisou.
A coligação PSD/CDS-PP venceu as eleições com 45,14% dos votos (quatro mandatos), seguindo-se o PS, com 33% (três mandatos).
O Movimento Independente pela Lousã (MIL) foi a terceira força mais votada, seguindo-se o Chega e a CDU (PCP/PEV), nenhuma delas com votos suficientes para conquistar um vereador.
Na Assembleia Municipal, a coligação PSD/CDS-PP tem maioria relativa com dez deputados e três presidentes de junta.
O PS elegeu oito deputados e um presidente de junta, o MIL dois deputados e o Chega um.
Um movimento independente conquistou a Junta de Freguesia de Vilarinho, onde PS, PSD/CDS-PP e MIL não apresentaram candidatura.
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