Coimbra

Verride comemora 500 anos de Foral

Notícias de Coimbra | 10 anos atrás em 25-08-2014

DSC_0186 (1280x853)O fim-de-semana de 23 e 24 de agosto foi de festa em Verride,  Montemor-o-Velho, com a população a responder em força às comemorações dos 500 anos do Foral de Verride 1514 – 2014.

PUBLICIDADE

O programa diversificado, preparado pela União de Freguesias de Abrunheira, Verride e Vila Nova da Barca, começou no dia 23, com o auditório da AFUV -Associação Filarmónica União Verridense completamente lotado para assistir aos magníficos concertos do Coral Polifónico de Verride e da banda filarmónica da AFUV.

No domingo, e junto ao Largo S. Sebastião, a comemoração teve um dos seus pontos altos com a inauguração do mural que assinalou as Comemorações dos 500 anos do Foral de Verride 1514 – 2014.

PUBLICIDADE

No momento, o vice-presidente da Câmara de Montemor-o-Velho, José Veríssimo, acompanhado da adjunta do Presidente da Câmara, Diana Andrade, destacou: “O monumento inaugurado é simbólico da importância de Verride e quis o tempo e a história que fôssemos todos nós a ter a honra de inaugurá-lo, perpetuando e recordando diariamente o contributo de Verride para a grandeza de Montemor-o-Velho”. “É com grande honra que o Executivo se associa às comemorações de uma data tão significativa”, reforçou.

De igual modo, Carlos Alves, presidente da União de Freguesias de Abrunheira, Verride e Vila Nova da Barca, agradeceu a colaboração de todos “na comemoração de uma data especial e prestigiante para a comunidade” e destacou que “as diversas iniciativas pretenderam ser, igualmente, o reconhecimento da história e da importância de Verride”.

PUBLICIDADE

Ao elogiar o “o envolvimento das associações locais e dos verridendes”, o autarca lembrou, a título de exemplo, que “a ocasião foi também aproveitada para a recuperação de um fontanário localizado no Largo José Cristino, realizada por particulares”.

Durante a tarde, o Auditório da AFUV voltou a encher-se para a conferência “A História de Verride e o seu Foral”, proferida por Maria Helena da Cruz Coelho.

Referindo “o muito gosto em partilhar com todos a celebração do património histórico [de Verride] ”, a professora da Universidade de Coimbra lembrou que na sua tese de doutoramento “O Baixo Mondego nos Finais da Idade Média” escreveu “largas páginas sobre a aldeia de Verride”.

Assim, a investigadora conduziu a vasta audiência aos confins da história e, numa viagem repleta de muitas curiosidades, fez referências desde o Foral Medieval de 1186 até ao Foral de 1514 revelando até que “em 1552 foi estabelecido um novo Foral”.

O Foral manuelino (1514) “mantém os usos e costumes [do Foral Medieval] e clarifica os abusos”, referiu.
“E mesmo depois de extintos muitos dos pequenos concelhos, como aconteceu ao de Verride em 1853, a identidade das comunidades, agora administrativamente constituídas em freguesias, radicará nesses longínquos usos e costumes ancestrais”.

“Comemorar estas cartas foraleiras é pois convocar a memória das mulheres e dos homens que habitam nas localidades que as receberam para, com as mais profundas raízes e uma maior identificação com a sua terra e o seu passado, abraçarem com denodo e empenho os novos horizontes do caminho do presente e do futuro”, concluiu.
As comemorações ficaram concluídas com a peça “À Descoberta do Foral” protagonizada pelo Grupo de Teatro 7 Vidas.

Related Images:

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE