“O Partido Socialista quer mais alojamento para estudantes, e por isso lançou um pacote inédito para a criação de mais camas ao longo de todo o país, com foco também em Coimbra com construção de novas residências universitárias e manutenção de algumas que atualmente existem”, afirmou, esta segunda-feira, 27 de março, na reunião do executivo municipal, o vereador do PS.
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José Dias, referiu que não se pode perder “mais alojamento estudantil a custos baixos”, sublinhando que “as Repúblicas estudantis constituem um património histórico de Coimbra, forças vivas da cidade e que hoje fazem parte das soluções de alojamento de baixo custo para quem pretende seguir a via do ensino superior”.
O representante socialista realçou, ainda, que “as Repúblicas ocupam um espaço muito relevante na área da habitação, não devendo as mesmas ser excluídas das estratégias estruturais para esta área”.
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Lembrando que “a Real República Rápo-Táxo e a República dos Fantasmas assumiram a intenção de aquisição do imóvel em que se encontram alojadas e lançaram simultaneamente, um repto à Universidade de Coimbra e à Câmara Municipal para que cada instituição conseguisse apoiar com 10% do valor do imóvel, tendo a instituição universitária avançado desde já com o apoio”, recordando que “compete aos municípios, nomeadamente no âmbito das suas competências em matéria de gestão urbanística e preservação do património, proteger e salvaguardar os estabelecimentos e entidades de interesse histórico e cultural ou social local”.
José Dias acrescentou que as “Repúblicas devem ser prioritárias para o executivo municipal, quer ao nível do seu reconhecimento patrimonial, quer na aplicação de medidas que salvaguardem a sua existência, evitando a sua vulnerabilidade perante os interesses económicos do mercado imobiliário”.
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O vereador instou o executivo para aprovar “a atribuição de um apoio financeiro de 10% do valor do imóvel, que abrange a Real República Rápo-Táxo e a República dos Fantasmas, às associações gestoras deste património histórico de Coimbra”.
A oposição socialista apresentou uma moção nesse sentido, que foi rejeitada pelo presidente do município.
Segundo José Manuel Silva, a moção, por implicar uma despesa que não está cabimentada, “não é votável”.
O autarca realçou, ainda que “o executivo quer preservar as Repúblicas, reconhecendo o valor patrimonial e histórico”, mas lembra que há uma “limitação jurídica”.
O vereador Carlos Lopes, com o pelouro da juventude, referiu que a autarquia já pediu uma reunião com o Ministério da Habitação, por considerar que esta questão deverá ser resolvida pelo Estado central.
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