A vereadora Susana Gravato, da Câmara Municipal de Vagos, estava prestes a dar um novo rumo à vida. Planeava deixar a política e regressar à advocacia, a profissão que sempre a apaixonou. Mas o destino — e a tragédia — não lhe deram tempo.
Conhecida pela dedicação e empatia no serviço público, Susana, de 49 anos, tinha confessado a amigos e familiares o desejo de “mudar de vida” e reencontrar-se com o lado mais humano da profissão. Licenciada em Direito, queria “voltar a ajudar mais pessoas”, contou um vizinho à TVI da Gafanha da Vagueira, onde vivia.
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Na autarquia, era responsável por vários pelouros — Administração Geral, Ambiente, Proteção e Saúde Animal, Justiça, Coesão Social e Saúde — e era muito respeitada pela comunidade.
Mas o futuro que sonhava foi abruptamente interrompido. No final de outubro, o filho de 14 anos matou a mãe em casa. O corpo de Susana foi encontrado pelo marido, tesoureiro da Junta de Freguesia da Gafanha da Boa Hora, no sofá da sala, coberto com um cobertor.
A notícia abalou a região de Aveiro, mergulhada na dor e na incredulidade. Em Vagos, ninguém consegue compreender o sucedido. Todos recordam Susana como uma mulher “íntegra, disponível e de coração gigante”, que sonhava com uma nova etapa — uma vida que acabou demasiado cedo.
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