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Vento intenso dificulta combate em Oliveira do Hospital

Notícias de Coimbra com Lusa | 2 horas atrás em 19-09-2025

Mais de seis horas após o início de um incêndio florestal em Póvoa de São Cosme, no concelho de Oliveira do Hospital, o combate às chamas mantém-se intenso, especialmente numa frente ativa que avança em direção ao Rio Mondego, nas imediações das povoações de Seixas, Felgueira Velha e Caldas da Felgueira.

De acordo com o segundo-comandante sub-regional de Emergência e Proteção Civil, Nuno Seixas, esta frente é a principal preocupação das autoridades nesta fase.

“Temos algumas habitações dispersas na zona, e populações vulneráveis estão a ser retiradas para locais seguros”, explicou, em declarações ao Notícias de Coimbra.

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O incêndio, que deflagrou pelas 13:25 numa zona de mato, obrigou já à evacuação de cerca de três dezenas de pessoas, sobretudo cidadãos estrangeiros, alojados em duas quintas da região de Seixo da Beira. Os deslocados foram realojados numa zona de abrigo segura na mesma freguesia.

Os trabalhos estão a ser dificultados pelos ventos intensos, baixa humidade e uma orografia acidentada, típica das encostas que descem até ao Rio Mondego, o que compromete o acesso e a eficácia dos meios terrestres. “A zona tem muita rocha e é dominada por matos e eucaliptal, o que facilita a propagação do fogo”, adiantou Nuno Seixas.

À noite, com o fim das operações dos meios aéreos devido à falta de luz, o combate passa a estar exclusivamente nas mãos dos operacionais no terreno. Estão atualmente mobilizados 480 bombeiros, apoiados por 131 viaturas, com reforços vindos de várias zonas do país, incluindo o Médio Tejo e Setúbal.

Ainda que não haja, de momento, populações diretamente em risco, a Proteção Civil admite que as projeções de vento possam alterar esse cenário a qualquer momento. As autoridades mantêm vigilância apertada sobre habitações dispersas e zonas de difícil acesso.

“Estamos a tentar dominar a frente mais preocupante durante a noite, para depois consolidar as zonas já controladas”, afirmou o responsável da Proteção Civil, sublinhando que o objetivo é conter a propagação ainda durante esta madrugada.

Este incêndio ocorre pouco mais de um mês após o grande fogo que afetou Arganil e também o concelho de Oliveira do Hospital, reforçando a vulnerabilidade desta região aos incêndios florestais, especialmente em épocas de baixa humidade e ventos fortes.

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