A reunião foi solicitada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores dos Serviços e de Entidades com Fins Públicos (STTS) e pode ter uma presença surpresa.
Convocada “por razões de natureza excecional”, a reunião geral de trabalhadores dos Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) está marcada para o próximo dia 27 de junho, a partir das 15:00.
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Neste plenário, e de acordo com a informação enviada para o Conselho de Administração, está prevista a presença de dirigentes sindicais, “assim como o Presidente da Câmara Municipal de Coimbra”, José Manuel Silva.
“Este plenário ocorrerá inicialmente com a presença do Presidente da Câmara Municipal de Coimbra para prestar todos os esclarecimentos que os trabalhadores dos SMTUC acharem pertinentes”, refere a convocatória.
Para além do autarca, o presidente do STTS e secretário-geral da Federação Nacional de Sindicatos Independentes da Administração Pública e de Entidades com Fins Públicos, Mário Rui, é outro dos elementos que marcará presença.
Sobre a ordem de trabalhos, é composta por três pontos: assuntos do interesse dos trabalhadores, SIADAP e Protocolos.
Recorde-se que os trabalhadores dos SMTUC têm cumprido mensalmente vários dias de greve. Convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local (STAL), esta paralisação começou em fevereiro e irá durar até setembro.
No primeiro mês, o protesto durou dois dias. A partir daí, cada mês passou a ter mais um dia de luta face ao anterior, culminando com nove dias de greve contínua no mês em que deverão realizar-se as eleições autárquicas.
Em comunicado, o STAL afirmou que os 44 dias de greve marcados foram decididos, tendo em conta “as promessas não cumpridas por parte do presidente da Câmara de Coimbra”.
Em causa, está sobretudo a valorização das carreiras dos trabalhadores (os motoristas e mecânicos dos SMTUC são considerados assistentes operacionais), disse o STAL.
Em março, o plenário de trabalhadores aprovou a realização de três dias de greve. No mês seguinte (abril), os funcionários decidiram suspender a greve “como um ato de boa fé para com o Governo, já que está prevista uma reunião no próximo dia 29 de abril”
No passado mês de maio, a greve durou 5 dias (semana da Queima das Fitas) com uma taxa de adesão superior a 90%. Um protesto bastante contestado pelo presidente da câmara que acusou o STAL de politizar este problema, chegando mesmo a falar em “pressões e ameaças”.
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