A depressão FRANCIS, nome atribuído pelo IPMA, promete marcar de forma significativa o início do novo ano de 2026.
No dia 1 de janeiro, prevê-se que este sistema esteja centrado a norte do grupo ocidental do arquipélago dos Açores. Esta depressão irá cavar gradualmente e deslocar-se para leste/sueste, aproximando-se do território nacional e provocando uma alteração acentuada do estado do tempo.
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Até ao dia 31 de dezembro, Portugal Continental continuará sob a influência de um anticiclone localizado a sul da Islândia, que se estende em crista em direção à Europa Ocidental.
Esta situação favorece uma corrente muito fraca de leste e o transporte de uma massa de ar polar, responsável por um tempo frio e seco, com temperaturas inferiores aos valores médios para a época.
O céu deverá apresentar-se, em geral, pouco nublado, mas com condições favoráveis à formação de neblina e nevoeiro durante a manhã, sobretudo no interior e nos vales dos rios.
Em regiões como o nordeste transmontano e a Beira Alta, o nevoeiro poderá persistir ao longo do dia, mantendo um ambiente sombrio e gelado. A formação de geada será frequente, especialmente nas zonas do interior.
Nestas regiões do nordeste transmontano e da Beira Alta, a combinação de nevoeiro persistente com temperaturas mínimas negativas é compatível com a formação de sincelos, um fenómeno que acentua a sensação de frio intenso e pode causar constrangimentos. Onde o nevoeiro e a nebulosidade baixa se mantiverem, as temperaturas máximas poderão não ultrapassar os 3 a 5°C, reforçando o carácter invernal do tempo.
A partir da tarde do dia 31 de dezembro, o enfraquecimento da crista anticiclónica permitirá a aproximação gradual da depressão FRANCIS.
As perturbações frontais associadas a este sistema irão trazer precipitação ao território continental no dia 1 de janeiro, acompanhada de vento por vezes forte, com rajadas mais intensas no litoral e nas terras altas. Apesar de se prever uma subida dos valores da temperatura, sobretudo da mínima, muitos locais do interior das regiões Norte e Centro continuarão a registar valores entre 0 e -3°C, mantendo o risco de gelo.
Também o estado do mar irá agravar-se. As ondas serão inicialmente de noroeste, com 1 a 1,5 metros, sendo inferiores a 1 metro na costa sul do Algarve até à manhã de 31 de dezembro. Ao longo desse dia, a ondulação passará a sul, com alturas entre 1 e 1,5 metros, aumentando gradualmente para 2 a 3,5 metros no dia 1 de janeiro, sinalizando um início de ano marcado por instabilidade, frio e condições marítimas mais adversas.
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