Região

Várias aldeias na linha de fogo em Arganil nas freguesias de Piódão e Pomares

Notícias de Coimbra com Lusa | 1 hora atrás em 13-08-2025

Imagem: depositphotos.com

O incêndio florestal que lavra na serra do Açor, no município de Arganil, distrito de Coimbra, ameaça várias aldeias que estão na linha de fogo, tendo os moradores sido retirados para zonas mais seguras, disseram autarcas locais.

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O incêndio que começou na madrugada de hoje na freguesia de Piódão, estendeu-se à freguesia de Pomares, constituída por 12 aldeias, parte das quais está diretamente na linha de fogo, embora existam meios dos bombeiros nessas localidades.

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O presidente da Junta de Freguesia de Pomares, Amândio Dinis, disse à agência Lusa, pelas 13:30, que uma das frentes de chamas evoluiu do Piódão para as encostas junto das localidades de Porto Silvado e Sobral Magro: “Estão lá muitos bombeiros e essa parte [da defesa das povoações] está controlada, há é muito fumo. Em Sobral Magro ardeu tudo à volta, mas a aldeia está salvaguardada”, indicou.

O autarca disse ainda que, por precaução e devido principalmente ao fumo, foram retirados de casa moradores das localidades de Porto Silvado e Vale do Torno. Na freguesia, na zona do incêndio, existem mais povoações – Soito da Ruiva, Gramaça e Sobral Gordo, entre outras – que se encontram, aparentemente, a salvo das chamas.

“No Sobral Gordo o incêndio está a arder lá em cima [na encosta] mas devagarinho. O problema maior é o fumo, é muito fumo e muitas das pessoas são idosas, e têm sido retiradas por causa do fumo”, enfatizou.

Por outro lado, Amândio Dinis notou que o fumo, nas zonas de vales encaixados entre encostas escarpadas da serra do Açor, tem dificultado ou mesmo impedido a atuação dos meios aéreos.

O incêndio que começou na encosta acima da aldeia histórica do Piódão, por volta das 05:00 de hoje – com alegada origem numa descarga elétrica da trovoada que ocorreu naquela zona do interior do distrito de Coimbra – estendeu-se igualmente à zona florestal junto das localidades de Chãs de Égua e Foz de Égua, onde também foram retiradas pessoas das suas habitações.

O presidente da Junta de Freguesia do Piódão, José Lopes, explicou que estes moradores foram deslocalizados para o centro social de Vide, já no concelho de Seia, distrito da Guarda, localidade situada a nordeste, a cerca de 10 quilómetros, por estrada, do Piódão.

“São pessoas mais idosas e mais debilitadas, que foram retiradas para as salvaguardar”, frisou o autarca.

No caso concreto do Piódão, e ainda segundo José Lopes, há meios dos bombeiros dentro da aldeia histórica e em zonas circundantes, e, por causa das cinzas e do fumo, algumas pessoas foram abrigadas na igreja matriz.

“A faixa de segurança em redor da aldeia que andámos a fazer é que talvez ajude a salvaguardar as casas e o património. De resto, em termos florestais, vai ficar tudo queimado”, lamentou o presidente da junta.

Segundo a página de internet da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, pelas 14:00 as chamas em Arganil estavam a ser combatidas por 492 operacionais, apoiados por 153 viaturas e cinco meios aéreos.

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