Região

Variante à Estrada da Beira pode custar 94 milhões de euros

Notícias de Coimbra | 6 meses atrás em 15-10-2023

Entre 77 e 94 milhões de euros. São estes os valores previstos no “Estudo de Viabilidade da Variante à N17 – Entre o Nó de Ceira da A13 e a Ponte Velha (Lousã), incluindo a Ligação de Vila Nova de Poiares ao IP3/IC6” encomendado pela Comunidade Intermunicipal Região de Coimbra (CIM-RC). Proposta será analisada e votada na reunião do executivo municipal de Coimbra.

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A atual Estrada da Beira (N17) apresenta um traçado muito sinuoso e níveis elevados de tráfego, para além de atravessar bastantes povoações ao longo do seu percurso e tem sido palco de muitos acidentes de viação, alguns deles com gravidade. Para se encontrar uma solução alternativa, a CIM-RC, em parceria com a Infraestruturas de Portugal, elaboraram um estudo que prevê um traçado com três troços e igual número de propostas de ligação ao IP3/IC6.

O primeiro troço liga o nó com a A13 (Ceira) e o Vale Carvalhal (Poiares) com um comprimento total de 8,312 km. De acordo com o estudo, prevê-se a execução de quatro viadutos com extensões de 130, 126, 610 e 650 metros, cinco passagens superiores e uma passagem inferior.

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O troço 2 desenvolve-se entre Vale Carvalhal e o Nó em Ponte Velha/N17 e tem um comprimento total de três quilómetros. Estão previstos um viaduto com 480 metros e um pequeno pontão sobre uma linha de água, bem como duas passagens inferiores em restabelecimentos.

O troço 3, com uma extensão total de 13,7 km, tem início em Vale Carvalhal (onde termina o troço 1), segue em direção a Vila Nova de Poiares, contorna a vila por norte e continua para a serra da Atalhada, até próximo da localidade de Vale Maior (Penacova). Este troço contempla também uma ligação à zona industrial de Vila Nova de Poiares. Ao longo deste percurso está prevista a construção de 12 obras de arte (viadutos, passagens superiores e passagens inferiores.

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A ligação ao IP3/IC6 poderá ser feita através de uma de três propostas. O primeiro traçado, com cerca de 5,4 km, corresponde ao prolongamento do troço 3 até ao IC6, perto do lugar de Lavradio (Penacova) e implica a construção de um novo nó naquele itinerário complementar. Prevê a construção de três viadutos de grande dimensão.

Uma outra hipótese é a ligação do troço 3 ao IP3, com cerca de 2,7 km, através da construção de um novo nó.

Por fim, o terceiro traçado que, tal como o anterior prevê o prolongamento do troço 3 até ao IP3, aproveita o traçado de uma estrada municipal existente (EM 534 – ligação Vale Maior / Miro) e liga a um nó existente no IP (nó de Miro), implica a construção de um viaduto entre a base da serra da Atalhada e a EM 534, refere-se na informação.

Em termos de viabilidade ambiental, o estudo conclui que a implantação da variante à EN 17 “poderá ser realizada desde que se acautelem os requisitos legislativos e regulamentares, devendo em fase de projeto serem definidas as medidas de minimização adequadas”.

Refira-se que o Governo reconheceu a importância da implementação do projeto de “ligação ao IP3 dos concelhos a sul”, considerou que este deveria ser executado com recurso a financiamento nacional. Assim, na Resolução do Conselho de Ministros n.º 46-A/2021, está prevista a verba de 20 milhões de euros (mais IVA) para a obra, repartida pelo período entre 2022 e 2026.

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