O cemitério de Alhos Vedros, no concelho da Moita, foi alvo de um grave ataque de vandalismo na madrugada de segunda para terça-feira, num caso que as autoridades classificam como “extremamente grave”.
Dez cadáveres foram transportados para o Instituto de Medicina Legal, depois de terem sido encontrados em estado de profanação, avança o Correio da Manhã. No local, foram identificadas várias sepulturas destruídas e restos mortais expostos. Há ainda suspeitas de possíveis desmembramentos, que estão a ser avaliadas por peritos forenses.
Técnicos da Polícia Judiciária e elementos da Unidade de Investigação Criminal da GNR estiveram todo o dia no terreno, a recolher vestígios e a apurar as circunstâncias do crime. O alerta foi dado logo ao início da manhã por funcionários do cemitério, que se depararam com campas abertas e caixões vandalizados.
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O cardeal D. Américo Aguiar deslocou-se ao cemitério e rezou no local, sublinhando que um gesto desta natureza “atinge a dignidade intrínseca da pessoa humana, fere a memória dos que já partiram e causa sofrimento acrescido às famílias”. Deixou ainda uma palavra de “proximidade, respeito e compaixão” às pessoas afetadas.
Em comunicado publicado pela Diocese de Setúbal, o bispo expressa “emoção, impotência e verdadeira consternação” perante um ato de “tamanha violência moral”.
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