Política

Vai haver “um reforço muito forte da fiscalização” no aeroporto no Natal

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 anos atrás em 07-12-2021

A secretária de Estado das Comunidades disse hoje que no período do Natal haverá um reforço “muito forte” da fiscalização nos aeroportos e nas fronteiras terrestres da aplicação das medidas contra a covid-19.

Sublinhando que a fiscalização do cumprimento das medidas está a cargo do Ministério da Administração Interna, Berta Nunes afirmou à Lusa que tem a “convicção que vai haver um reforço muito forte” do controlo das entradas de viajantes em aeroportos de Portugal no período do natalício.

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“Até porque já foram detetadas pessoas que embarcaram sem o teste [PCR ou rápido antigénio]”, sublinhou.

Assim, “haverá um reforço da fiscalização e de toda a operação no aeroporto no Natal”, acrescentou.

Quanto à fiscalização por via terrestre, “será aleatória”, adiantou, falando à Lusa a propósito da nova situação pandémica e de que forma esta poderá afetar a vinda dos emigrantes portugueses nesta época de festas.

As fronteiras terrestres “estarão abertas, no entanto, haverá postos de controlo aleatórios para verificar se as pessoas trazem o teste e, se não trouxerem, haverá as coimas respetivas”, alertou, para quem possa vir de carro.

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“Em relação à via aérea, nós já reforçámos e alterámos os procedimentos em relação aos voos de regresso, que são principalmente os de Moçambique, (…), da África Austral, e ontem [segunda-feira] já correu perfeitamente bem. Tivemos de colocar lá o INEM. E a saúde ajudou na organização, porque no voo anterior, a ANA Aeroportos tinha tido essa responsabilidade, e, de facto, não correu bem”, referiu, a propósito das longas filas, no aeroporto de Lisboa, de passageiros vindos de Maputo no domingo, que foram surpreendidos com a necessidade de realizar testes à chegada a Portugal.

“Vamos manter esse dispositivo”, afirmou Berta Nunes.

No Natal, a secretária de Estado admitiu que possa também haver mais voos de repatriamento de Maputo para Portugal, caso a procura o justifique.

Para já, estão previstos para os dias 9 e 11, 14 e 16, na rota Lisboa-Maputo-Lisboa. Mas, salientou, “há muitas pessoas que estão a cancelar” as passagens.

“Se houver mais procura antes do Natal, nós organizaremos mais voos” de Moçambique para Lisboa, garantiu, dado que o país é um dos que integra a lista dos Estados da África Austral com voos suspensos para a Europa, por causa da nova variante do coronavírus, a Ómicron, que, entretanto, já se propagou por vários Estados fora do continente africano.

Esta variante, ao mesmo tempo que os números da pandemia estão a subir, pode trazer várias limitações a quem queira viajar e incertezas para os emigrantes de vir ou não passar o Natal com a família.

Por isso, Berta Nunes lembra que todos os consulados portugueses estão a divulgar informação sobre as viagens para Portugal, ao mesmo tempo que enviam para o Governo português os alertas dos países onde se encontram, para serem atualizados aos viajantes.

Assim, quem quiser saber como viajar Portugal no Natal deve consultar o Portal das Comunidades, na internet, onde encontra um folheto “permanentemente atualizado”, ou através das páginas oficiais dos consulados, e no caso de ainda ter dúvidas, também pode telefonar para o atendimento consular do país onde vive ou para o gabinete de emergência consular, em caso de urgência, aconselha a secretária de Estado.

Quanto às críticas que têm sido feitas por líderes africanos ao facto de apenas se suspenderem os voos para os países da África Austral quando a variante já está em muitos outros Estados, Berta Nunes disse que “não se trata de um ataque”.

Na opinião da governante, as medidas tomadas “resultaram da incerteza em relação a esta nova variante” do vírus.

Defendeu apenas que “o que é importante que é que haja vacinas, para que todos os países possam fazer o seu plano de vacinação, com a maior rapidez possível, porque essa é a única forma de nos protegermos e acabar com esta pandemia”.

“Portugal tem feito um esforço muito grande, tanto na doação de vacinas aos PALOP [Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa], e até apoio material e de formação, de uma forma bilateral, e também está a contribuir para o mecanismo Covax”, consórcio criado para acelerar o processo de vacinação nos países mais frágeis”, lembrou.

“É preciso andar com mais celeridade para vacinar, principalmente, os países de África, onde a vacinação está mais atrasada”, defendeu.

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