Saúde

Uso prolongado de melatonina pode estar ligado a maior risco cardíaco

Notícias de Coimbra | 6 minutos atrás em 15-11-2025

A melatonina é amplamente vista como um “remédio natural” para dormir, mas novos dados apresentados num congresso da American Heart Association sugerem que o seu uso prolongado pode não ser tão inofensivo quanto se pensa.

Um grande estudo observacional, que analisou mais de 130 mil adultos com insónia, mostrou que quem tomou melatonina durante pelo menos um ano teve quase o dobro do risco de desenvolver insuficiência cardíaca, mais de três vezes a probabilidade de ser hospitalizado por essa condição e risco duplicado de morte por qualquer causa, em comparação com quem não usou a substância.

Embora estes números sejam preocupantes, os resultados devem ser interpretados com cautela: o trabalho ainda não passou por revisão científica e, por ser observacional, não permite concluir que a melatonina seja a causa direta destes problemas, avança a DECO.

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É possível que os utilizadores apresentassem, desde início, quadros de saúde mais frágeis ou distúrbios de sono mais severos, o que pode influenciar os resultados. Ainda assim, o estudo funciona como um alerta: o uso prolongado de melatonina não deve ser encarado como totalmente seguro.

Os benefícios no sono são, geralmente, modestos, e a decisão de tomar melatonina, sobretudo por longos períodos, deve ser acompanhada por um médico, sobretudo em pessoas com doenças cardíacas ou sob terapêutica farmacológica.

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