Coimbra
Universidade de Coimbra lança livro-disco com música antiga da Semana Santa
Lamentações e responsórios são alguns dos antigos géneros musicais da Semana Santa incluídos num livro-disco cuja apresentação vai acontecer na Biblioteca Geral da Universidade de Coimbra (BGUC), no dia 27.
Coedição conjunta da Artway Records e da Imprensa da Universidade de Coimbra, com o título ‘Ad Tenebras’, o livro-CD “leva-nos ao encontro de música composta para a Semana Santa, muito em particular para as noites [designadas matinas] de quinta-feira, sexta-feira e sábado santos”, informaram os promotores em comunicado.
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“Muito provavelmente escritos no e para o Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, entre cantochão e polifonia”, os temas do disco são interpretados pela Capella Sanctae Crucis, dirigida por Tiago Simas Freire.
‘Ad Tenebras’, livro-disco inaugural de uma coleção “materializada em volumes elegantes e cuidados”, será apresentado na BGUC, no dia 27, às 18:00.
Com esta iniciativa, a Capella Sanctae Crucis “pretende oferecer uma experiência verdadeiramente única do património musical português”, designadamente dos manuscritos inéditos conservados na Biblioteca Geral.
O livro-disco, de acordo com a nota enviada à agência Lusa, “é um formato há muito ambicionado pelo projeto de investigação ‘Mundos e Fundos’ da Universidade de Coimbra”, desenvolvido pelo Centro de Estudos Clássicos e Humanísticos (CECH), “enquanto produto que permite ter, lado a lado, narrativa escrita, ilustração iconográfica e concretização sonora, fruto das investigações filológica e artística em torno de manuscritos e impressos musicais”.
“Corresponde, em pleno, à prática de uma ciência aberta onde os vários estádios de construção de conhecimento, científico e artístico, são agregados num objeto único, partilhado com toda a sociedade, desde a comunidade académica até ao grande público”, salientaram os responsáveis.
A Capella Sanctae Crucis “é um laboratório de estudo e prática musical, centrado na polifonia portuguesa quinhentista e seiscentista”, criado por Tiago Simas Freire, em 2012.
“Inserido no vasto projeto multidisciplinar ‘Mundos e Fundos’, do CECH, estabelece pontes entre a investigação e a prática musical, na busca de um resultado sonoro que reanima o valor do património musical português que permanece pouco conhecido”, explicaram.
O laboratório deve o seu nome à capela musical do Mosteiro de Santa Cruz de Coimbra, que foi “centro de uma extraordinária atividade artística, nomeadamente nos séculos XVI e XVII, de onde provêm as fontes musicais que constituem os principais objetos de estudo”.
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