Universidade

Universidade de Coimbra investe 28 milhões na nova biblioteca da Faculdade de Direito

Notícias de Coimbra com Lusa | 3 horas atrás em 29-05-2025

A Universidade de Coimbra (UC) prevê iniciar em 2026 a construção da nova biblioteca da Faculdade de Direito, na Alta da cidade, orçada em 28 milhões de euros (ME), com projeto do arquiteto Álvaro Siza Vieira.

PUBLICIDADE

publicidade

Trata-se de uma aspiração com várias décadas, mas que apenas começou a ganhar forma nos últimos 20 anos, que vai ser construída no campus universitário do polo I, no perímetro do Palácio dos Melos (antigo edifício da Faculdade de Farmácia), nas imediações do Paço das Escolas, Faculdade de Letras e Sé Velha.

PUBLICIDADE

“É para Coimbra e para o país um momento histórico ter um edifício destes projetado por Álvaro Siza Vieira. Não tenho dúvidas de que quando estiver concluído será um monumento nacional com um enquadramento fantástico sobre a Alta da cidade, Património da Unesco”, sublinhou hoje o reitor da UC, Amílcar Falcão, na apresentação do projeto.

Siza Vieira, que não participou na conferência, disse num vídeo exibido na sessão que se trata de “um desafio e um motivo de mobilização intensa para qualquer projetista, porque é uma oportunidade única para construir na acrópole de Coimbra, aos pés do grande edifício da Universidade e sobre a Sé, o casario e cota baixa da cidade”.

A nova biblioteca vai acolher as mais de 400 mil obras que compõem o acervo bibliográfico da Faculdade de Direito da UC, um dos mais importantes mundialmente, reunido ao longo de séculos.

O futuro edifício está dividido em compartimentos de grandes dimensões – sejam as salas de leitura, os arquivos, os serviços técnicos e administrativos ou os espaços de acesso e circulação –, tendo como pontos de referência o Átrio, a Grande Sala de Leitura, a Sala de Reuniões e o Depósito de Livros e Revistas.

“Ainda o edifício não existe e já é Património da Humanidade, pois o acervo que temos tem um valor incalculável e merece o edifício de valor incalculável que o vai acolher e tornar a Faculdade de Direito mais valorizada”, frisou Amílcar Falcão.

O reitor da UC disse não ter dúvidas que dentro de meio século, quando se olhar para o campus universitário da Alta da cidade, se “vai ver a diferença de ter a nova biblioteca inserida no Património da Humanidade com o nome de Siza Vieira”.

O professor jubilado Avelãs Nunes, antigo diretor da Faculdade de Direito, que foi hoje enaltecido por ser o principal obreiro da nova biblioteca, também considerou que o projeto de Siza Vieira “será uma valorosa obra de arte que enriquecerá o país”.

Desde o primeiro trimestre deste ano que decorrem trabalhos prévios de arqueologia e património, que se vão estender até ao início do próximo ano, devido à localização da obra na acrópole da cidade e dentro da área classificada pela Unesco como Património Mundial da Humanidade.

Se não for necessário adaptar o projeto por causa de achados arqueológicos, o vice-reitor da UC Alfredo Dias prevê que se possa lançar o concurso público da obra ainda durante o próximo ano, de forma que esteja concluída em 2029, na melhor das hipóteses.

O financiamento é assegurado pelo Estado português, através de um contrato plurianual.

PUBLICIDADE

PUBLICIDADE