A Universidade de Coimbra (UC) registou uma quebra de cerca de 49% de alunos Erasmus a estudar na instituição em relação ao ano letivo 2019/2020 devido à pandemia de covid-19, foi hoje anunciado.
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Comparando com os dados de 2019/2020, a UC regista uma diminuição de 49%, passando de 1.662 alunos Erasmus a frequentar a instituição no ano passado para 849 este ano, divulgou a Universidade de Coimbra, em resposta à agência Lusa, esclarecendo que os dados ainda não estão fechados, correspondendo até 21 de setembro, sendo que as candidaturas para o 2.º semestre estão abertas até ao fim do mês.
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Nos estudantes da Universidade de Coimbra que participam neste programa de mobilidade, a quebra não foi tão abrupta, passando de 682 para 511, uma diminuição de 25%.
Numa sessão de boas vindas aos estudantes Erasmus realizada hoje no auditório da reitoria da UC, o vice-reitor da instituição João Calvão da Silva salientou que mesmo em contexto de pandemia os números da Universidade “continuam a ser impressionantes”, especialmente os estudantes da UC que optaram por participar no programa Erasmus.
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Karolina, da República Checa, começou a combinar a vinda para a Universidade de Coimbra com mais um amigo, David, ainda antes da pandemia se instalar.
“Ainda pensámos sobre vir ou não, mas decidimos que tínhamos que vir, porque se não ficaríamos arrependidos”, contou à agência Lusa a estudante de Economia, de 25 anos, que terá a sua primeira experiência no programa Erasmus.
Apesar de algumas incertezas e de uma experiência que será “diferente”, Karolina recordou que a situação no seu país “está complicada neste momento” e que até estará melhor em Portugal.
“Para mim, não havia outra oportunidade. Era o último semestre em que poderia ter esta experiência e não quis deixar escapar”, afirmou à Lusa Nadine Kottmayr, da Alemanha, após a sessão de boas vindas.
A estudante de 25 anos acredita que poderá perder “alguns eventos”, mas constatou que “toda a gente está a fazer um esforço” para os estudantes Erasmus terem “uma experiência agradável e sentirem-se confortáveis” em Coimbra.
“Até há duas semanas, não sabia se vinha ou não. Pediram-me para adiar para o 2.º semestre e para não marcar voo, mas cá estou”, notou Nadia Ilinca, de 20 anos.
O contexto de pandemia não demove a estudante italiana de manter “expectativas muito altas” para a experiência em Coimbra.
“Acho que vai tudo ser ótimo. Vou perder algumas festas, mas também não vim pelas festas, vim pelo país. A cidade e a cultura continuam cá”, vincou.
Imir, da Turquia, há “cinco horas” em Portugal, apenas pergunta à agência Lusa: “Os clubes estão fechados? Sabes quando abrem?”.
Perante a resposta, admite que “vai ser muito diferente” da experiência que teve em Espanha no ano passado.
“As festas terão de ser em casa, talvez, mas vai ser bom à mesma”, contou.
Portugal contabiliza hoje mais oito mortos relacionados com a covid-19 e 623 novos casos de infeção, segundo o boletim epidemiológico da Direção-Geral da Saúde (DGS).
Desde o início da pandemia, Portugal já registou 1.920 mortes e 69.200 casos de infeção.
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